quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Ainda sobre o referendo

Porque a pergunta é:
Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

Porque a pergunta pergunta se concordo.

Porque todos temos de escolher uma posição e participar em consciência.

Porque, acima de tudo, sou a favor da despenalização nas primeiras 10 semanas.

Eu voto sim.

sábado, 27 de janeiro de 2007

O que nos faz sorrir!



Nas últimas semanas tenho reflectido bastante sobre as escolhas profissionais que fazemos na vida. Primeiro, um almoço com a minha amiga RM levantou a eterna questão inicial: "Afinal porque não nos sentimos concretizados com o que fazemos na vida?". Esta questão não era nova, era velha, mas sempre permanente, e sem resposta ou solução (pelo menos que conseguisse vislumbrar no curto prazo).

Depois, noutro almoço com a amiga MF voltámos à questão: "Mas então trabalhamos para viver ou vivemos para trabalhar?" Falámos muito sobre escolhas, vontades, desejos, caprichos, sucessos ou insucessos. Já escrevi em tempo, que este é um problema da nossa geração. Esta dúvida sobre a nossa carreira, sobre quem somos, sobre o que queremos ser, o que nos faz feliz.

Mas ontem, surpreendentemente, num lanche com a RM (oh grande fonte de inspiração), ela perguntava com alguma simples profundidade: "Mas afinal dessas coisas todas já descobriste o que realmente te faz feliz? O que é que gostavas mesmo de fazer?"

Não lhe soube responder... Sei algumas coisas: "Pessoas, Natureza, Ajudar, Ensinar, Tecnologia, Espiritualidade" São tudo parte importante do que eu gostaria de fazer.

E vocês? Já pensaram nisto? O que afinal vos faz sorrir?

PS: Agradeço a todos os fotógrafos ou proprietários dos sites de onde copiei as fotos sem nenhuma espécie de autorização.


Icnêuma said...

A mim? Este excerto.

Ora lê:

"Nas aldeias antigas, as mulheres do campo
esperavam o princípio da tarde para correrem
no meio das searas, em busca de uma clareira
onde se pudessem despir, para que o sol,
descendo à terra, as pudesse possuir. O fogo
que nascia dos seus lábios pegava-se à erva,
e durante um instante toda a seara ardia,
sem fogo nem fumo, apenas com o desejo
que se soltava da sua boca, e ia apagar o sol,
nas tardes em que a noite caía mais cedo.

Espreitei essas mulheres quando voltavam
das searas, e nos seus olhos traziam um cansaço
de amor. Acompanhei-as às suas casas, e vi-as
deitarem-se contra a parede, olhando os seus
rostos no espelho que as velhas seguravam.
Tinham no rosto um princípio de melancolia;
mas diziam-me que a noite resolveria tudo,
quando a sua cabeça se enchesse de sonhos.
«Que queres daqui?» perguntavam-me. E eu
pedia-lhes que me guardassem a imagem
do espelho, em que a eternidade se dissipa,
como o seu sorriso no rescaldo do prazer"

Nuno Júdice @ 12:46

27 Janeiro, 2007 14:05


Daniela Santos said...

São tantas as coisas que me fazem sorrir, que às vezes até me pergunto como é possível ficar com uma "trombinha" de metro e meio!

Os fins de tarde na esplanada do Adamastor, no Verão, a ler graphic novels do Dave McKean, os jantares com os amigos que não se perdem, as memórias dos amores bem vividos...

PS - Co' a breca, estou a ficar viciada neste blog!

29 Janeiro, 2007 18:47


Bernardo said ...

A mim faz-me sorrir os vossos comentários. Obrigado

Anonymous said...

A mim fazes-me sorrir tu, meu querido amigo :-)
RM

06 Fevereiro, 2007 12:44

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A favor do não sei

A questão do próximo referendo tem levando inúmeras questões, tanto públicas, como privadas. A mim pessoalmente tem-me feito reflectir sobre o valor da vida humana, mas também sobre a sociedade, sobre a forma como se organiza e estrutura, e sobre a sua própria grelha de valores.

Se a minha opinião não é pertinente por si, a partilha no espaço público das nossas próprias reflexões tem o valor de poder promover e fomentar as reflexões dos outros.

Aqui discrimino os principais valores com que me oriento:

1 - Sempre a favor da vida

Sou sempre a favor da vida, da escolha de viver, do amor pela vida, pela paz, pela justiça, pela alegria e pela harmonia. Se o referendo fosse sobre o valor da vida humana em si responderia sempre que sim: acima de tudo a vida, primeiro a humana, mas também a animal, a vegetal, a mineral, a espiritual, a emocional e todas as formas e expressões de vida.

2 - Sempre a favor da liberdade de escolha

Sou sempre a favor da liberdade de escolha. Desconfio dos que querem moldar, determinar, orientar ou punir as escolhas dos outros, principalmente quando estas são do foro privado e íntimo, e ainda mais quando não têm repercussões directas na vida do meio social em que se integram.

Mas mesmo quando o têm, acho que a cada um cabe o direito de fazer as suas escolhas, sem limitações. Por muito doloroso que seja para o próximo, proibir será realmente ajudar o próximo? Educar?

3 - Sempre a favor da educação

Acho que perdemos o sentido do que é relevante nestas questões. Não é se o aborto deve ser livre ou não. Se o devem fazer com o seu próprio dinheiro ou pagos pelo estado. Não é se é moralmente correcto ou incorrecto. A pergunta que me é pertinente é: porque é que acontece?

Porque é que o aborto existe? Porque há pobreza, porque falta educação, porque falta solidariedade, porque falta esperança...

Acredito profundamente que são esses os males a combater, são nestas áreas que os investimentos devem ser feitos.

Se o dinheiro que se gasta em campanhas a favor do sim ou do não fosse investido em educação, talvez este problema se suprimisse mais rapidamente.

4 - Sempre a favor da informação

Acho que andamos a brincar ao gosto mais disto ou daquilo. Afinal este referendo trata do quê? Do aborto propriamente dito? Da sua despenalização? Qual é a legislação em vigor? Quantos abortos ilegais são feitos? E legais?

É fácil dizer sim ou dizer não. É difícil escolher em consciência. Este é o jogo dos media, da nossa sociedade. Agora vamos brincar aos prós e aos contras. Vamos ser contra ou a favor. Mas afinal o que está por trás desta questão?


5 - Sempre a favor da participação

Acredito que a decisão do aborto, a existir tem de ser participada. Ou seja, não basta apenas à mãe decidir que não o quer, que não o pode ter, acredito que o pai tem direito sobre esse ser também. Sobre a forma da sua vida futura e sobre o que irá acontecer.

Num acto participado pelos dois, são os dois que devem decidir e assumir as suas consequências.


6 - Sempre a favor do que virá

Independentemente do resultado do próximo dia 11, acredito que há processos irreversíveis, que a forma como a sociedade se regula não se coaduna com vontades, pareceres, decisões e determinismos. Podemos ser contra ou a favor, mas acho que a despenalização é irreversível, pelo menos do ponto de vista legal.

No entanto, também vos quero ouvir.

E tu? O que achas?

Cyberpunk said...

Olá! Parece que é preciso um tema destes para vir comentar no teu blog.

Uma questão, a propósito do ponto 5 (sobre a participação do pai e da decisão partilhada), neste cenário:

Num país em que o aborto é legal, a mãe pretende interromper a gravidez, mas o pai não. Achas que o direito de pai vai prevalecer sobre o direito da mulher? Não estou a ver um juiz a obrigar uma mulher a ter um filho só porque o pai quer...

24 Janeiro, 2007 18:40

Anonymous said...

Meu querido amigo,
Penso que pode haver uma confusão generalizada que dificulta a análise a este referendo...
Não se vai votar se se é a favor ou contra a vida.
Em princípio ninguém é a favor do aborto e todos são a favor da vida humana.
A questão é saber se queremos que quem o faz deve, ou não, ser condenada pela justiça?
Tanto os movimentos do não e do sim devem explicar porque acham que deve, ou não, condenar quem opta por abortar.
Um abraço
JV

25 Janeiro, 2007 12:19

Ana said...

Sem dúvida, sempre a favor da vida... sempre menos quando o que está em causa é o direito à autodeterminação sexual da mulher, como o legislador português já salvaguarda!

25 Janeiro, 2007 13:34


Bernardo said...

Começo por agradecer os vossos comentários, e dar-vos as boas vindas.

Em relação do aborto entre pais que divergem de opinião, não há, obviamente, respostas fáceis. Apenas considero que pode existir soluções consertadas. O pai pode assumir os encargos da mãe no período da gravidez e posteriormente ao nascimento. Sei que é violento forçar uma mulher a carregar uma criança que não quer por nove meses, mas também é violento ter a participação do pai para uma coisa, e ignorar a sua vontade em relação ao resultado da sua participação. Voto por uma maior consciência e soluções de compromisso.

"A questão é saber se queremos que quem o faz deve, ou não, ser condenada pela justiça?" Sim, claro - como também o disse sou a favor da liberdade de escolha, e não aceito que seja a sociedade a punir alguém por uma escolha pessoal e extremamente íntima. Temos direito de preservar a vida sobre qualquer custo?

"sempre menos quando o que está em causa é o direito à autodeterminação sexual da mulher" Sim também concordo - desde que essa autodeterminação seja consciente nos actos e nas consequências. Não concordo que só se exijam o respeito e liberdade nas escolhas das consequências dos actos, e não dos próprios actos.


Cyberpunk said...

"Voto por uma maior consciência e soluções de compromisso." - Pois, eu também. É uma frase bonita.

Mas na prática queres dizer o quê? És a favor ou contra a legalização da Interrupção Voluntária da Gravidez? (atenção que não estou a perguntar se és contra ou a favor do aborto)

26 Janeiro, 2007 14:25


Bernardo said...

Mulher pragmática esta Cyberpunk! Se a pergunta do referendo fosse: "É a favor da legalização da Interrupção Voluntária da Gravidez?", eu teria que responder SIM.


Le Franquet said...

No próximo dia 11 de Fev. vou votar Não.
Apesar de ser sensível a alguns argumentos do sim, sobretudo àqueles que enfatizam a injustiça de uma penalização que atinge inevitavelmente as mulheres mais desfavorecidas.
Contudo, creio que a despenalização visada por este referendo aponta para além dela, abrindo a porta à liberalização, desde logo assinalada na pergunta “(…) por vontade da mulher”.
Estou convencido de que ninguém pode decidir sobre a vida de outrem. E creio que a infindável discussão técnico-científica sobre o começo da vida perde sentido face a uma exclamação tão maravilhosa quanto misteriosa para um homem: “estou grávida!”

27 Janeiro, 2007 11:08


Bernardo said ...

Amigo Franquet, sem dúvida que essa exclamação é maravilhosa. Recordo aliás um dia, em que um casal amigo me disse assim: "Estamos grávidos!" Acho que esse tem de ser o princípio. O da inclusão do casal e da criança, ou crianças que irão nascer. No entanto, todos os dias ouvimos histórias de crianças maltratadas, abusadas, feridas, abandonadas. Futuros incertos e dolorosos. Que pesados em contra-posição a tristeza do aborto não consigo decidir em rigor qual é melhor.

Uma coisa é certa, a dor e a injustiça do mundo não se resolvem com os votos, ou com um referendo, mas com a acção constante e determinada de quem sabe fazer parte de um todo.

Icnêuma said...

«O acto sexual é para ter filhos» - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado num debate sobre a legalização do aborto.

A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de
Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares,
sem excepção, tendo os trabalhos parlamentares sido interrompidos por isso:

Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;

e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.

Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -

Uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

(Natália Correia - 3 de Abril de 1982)

27 Janeiro, 2007 11:28


Anonymous said...

Meu amigo franquet,
As únicas vezes que escrevi aqui foi sobre este tema e já parece que faço campanha. Nada disso. Apenas sinto necessidade de reforçar a ideia de que ninguém vai votar no dia 11 a favor ou contra o aborto.
É óbvio que ninguém é a favor.
O facto de um casal estar prestes a conceber uma criança é íntimo e sagrado, mas nada tem a ver com o referendo de dia 11.
Quem aborta, porque o tem de fazer, porque o quer fazer ou seja lá por que razão for, deve, ou não, ser acusada de crime?
É esta a pergunta ao qual vamos responder, sim ou não.
um abraço amigo
JV

29 Janeiro, 2007 21:06


Le Franquet said...

Amigo JV, permite-me discordar da tua última posição.

Conforme pode ser lido na pergunta, não é somente sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez que nos vamos pronunciar no próximo dia 11 de Fev. Para além disso vamos também pronunciar-nos sobre a possibilidade de essa interrupção poder realizar-se por opção da mulher. Isto quer dizer que bastará à mulher (a mãe) dizer “eu quero” ou “porque sim”. Assim sendo, para além da despenalização vamos votar também a sua liberalização.

«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?»


Creio que há qualquer coisa de egoísta no facto de somente os que já nasceram poderem pronunciar-se sobre os que ainda não nasceram mas já estão a caminho…

30 Janeiro, 2007 10:45

Anonymous said...

Caro Le Franquet,
Em relação ao teu comentário queria dizer que me parece bastante redutor e até cruel acreditar que as mulheres, porque o aborto vai ser despenalizado passam a fazer abortos apenas porque sim.
A parte que te incomoda, o "por opção da mulher" apesar de escrito de uma forma simples não quer dizer que é "porque bem lhe apetece". Acho difícil acreditar que alguém faz um aborto “porque bem lhe apetece”.
Não me parece que essa opção seja fácil ou simples NUNCA. A escolha de que falas, que te parece egoísta já é uma realidade. É uma opção que já existe contudo em moldes muito elitistas e hipócritas (quem tem dinheiro faz lá fora, quem não tem sujeita-se a condições graves). Mas seja em que moldes for, legal ou ilegalmente, com dinheiro numa clínica no estrangeiro ou a correr risco de vida NUNCA É FACIL NEM LEVIANA - nem se o aborto for despenalizado.
A dificuldade em ter de se optar por fazer um aborto não está, como deves calcular, no facto de abortar ser ou não um crime – aliás as questões legais devem ser o que menos preocupa uma mulher que se vê confrontada com o desespero de abortar.
O mais importante é dar a essas mulheres uma oportunidade para serem ouvidas e apoiadas.
Chama-me sonhadora se quiseres mas se calhar, se as coisas forem feitas em condições, sem ser às escondidas no meio do pânico e desespero, se calhar até é possível evitar alguns abortos. Se a interrupção voluntária da gravidez for uma escolha acompanhada por médicos capazes e sensíveis, que percebam o desespero da mulher e que lhes mostrem todas as opções existentes – se calhar algumas pensam melhor… e optam por ter o bebe.
Será que quando uma mulher se sujeita a um aborto clandestino, sozinha e em desespero há alguém que lhe fala, com calma e amor, sem julgar, nas possibilidades existentes? Será que há alguém que lhe diz: “Não tenhas medo, vai correr tudo bem.” - Eu acredito que se houvesse se calhar não se realizavam tantos abortos.
Eu sou contra o Aborto. Eu sou contra a hipocrisia. Dia 11 eu vou votar Sim.
RM

05 Fevereiro, 2007 15:59


Le Franquet said...

Caríssima RM,


Lamento se não me fiz entender. Vou procurar ser mais explícito.

Voto Não porque considero que ninguém tem o direito de decidir sobre a vida e a morte de um outro. Esta a posição de princípio. Reconheço que suscita muitas perplexidades e que, levada às últimas consequências, gera problemas difíceis de resolver. Para além disso, reconheço que é uma posição que arranca de um postulado inicial, também ele sujeito a muitas interrogações: o facto de considerar que o outro é uma pessoa, em potência é certo, mas uma pessoa, totalmente diferente da coisa.

Este postulado inicial pode ser discutível, aliás, é-o certamente. Mas convém lembrar que também a argumentação do sim arranca de postulados e pressuposições discutíveis.

Aqueles que consideram que votar sim, despenalizar nestas condições, é evitar um mal maior, mesmo sem o admitirem explicitamente, consideram que até às 10 semanas o nascituro é uma coisa e não uma pessoa ou uma vida humana, razão pela qual, perante um conflito de interesses e de direitos, defendem a posição da mulher, daquele ser que já nasceu.

Assim sendo, não posso concordar com aqueles que dizem que o que está em questão no referendo é, simplesmente, saber se queremos ou não que a mulher que aborta, naquelas condições e circunstâncias, deve ou não ser considerada criminosa. Essa é a questão, mas não há questão alguma que não tenha pressupostos. E nada poderemos discutir em profundidade se não discutirmos os pressupostos e postulados das questões que nos interrogam, dividem e, neste caso, embaraçam.

08 Fevereiro, 2007 16:09

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Acervo Histórico de Obras Online - Toca a promover!!!

Amigos descobri um acervo fantástico de obras integrais na internet. É da responsabilidade do governo brasileiro (grande ideia!).

Por falta de visitantes vai ser desactivado, por isso toca a promover por toda a gente que conhecem. Se quiserem poupar trabalho basta carreguem no botão com imagem do email (que se encontra no fim do post) para enviarem este post para o mundo inteiro! Obrigado

O portal Domínio Público tem por missão:

"Uma biblioteca digital é onde o passado encontra o presente e cria o futuro."
Dr. Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam
Presidente da Índia - 09/set/2003

O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral.

Este portal constitui-se em um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal.

Desta forma, também pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura, assim como, possa aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da democracia no Brasil.

Adicionalmente, o "Portal Domínio Público", ao disponibilizar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e seus usuários, ao mesmo tempo em que também pretende induzir uma ampla discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais - de modo que a "preservação de certos direitos incentive outros usos" -, e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.

TARSO GENRO
Ministro de Estado da Educação

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Oh tempo volta para trás, dá-me tudo o que perdi!

Ultimamente tenho andado a reflectir sobre o crescimento, sobre a forma como vamos crescendo e mudando com o tempo. Acho que para nós é sempre mais difícil perceber que já não somos crianças, adolescentes ou jovens. Mas como em tudo na vida, quando temos um ponto de referência, que nos permite comparar, então compreendemos que afinal as coisas mudam mais depressa do que pensamos, e que o jovem que pensavamos ser é afinal um adulto em comparação com os outros comprovadamente jovens.

A minha irmã, com os seus 21 anos, serviu-me de referência. Ela é que é jovem adulta, ela é que percebe e se comunica com a linguagem "deles".

Sem ilusões Bernardo! Já és adulto, nada há a fazer. Podes ter alma de criança, mas tens de te assumir, és um adulto. Tens responsabilidades, vida e conhecimento de adulto.

Por isso transcrevi para vocês um "poema" que já foi musicalizado e que acho resume de forma inteligente estas questões. Em particular:

"Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you'll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders."

"Aceita algumas verdades inalteráveis, os preços vão subir, os políticos vão falhar e tu também vais envelhecer, e quando isso acontecer vais fantasiar que, quando eras novo, os preços eram razoáveis, os políticos eram nobres e as crianças respeitavam os mais velhos."



Everybody's Free
(to wear sunscreen)
Mary Schmich
Chicago Tribune

Ladies and Gentlemen of the class of '97... wear sunscreen.

If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be IT.

The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience.

I will dispense this advice now.

Enjoy the power and beauty of your youth. Never mind. You will not understand the power and beauty of your youth until they have faded. But trust me, in 20 years you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked.

You are NOT as fat as you imagine.

Don't worry about the future; or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday.

Do one thing every day that scares you.

Sing.

Don't be reckless with other people's hearts, don't put up with people who are reckless with yours.

Floss.

Don't waste your time on jealousy; sometimes you're ahead, sometimes you're behind. The race is long, and in the end, it's only with yourself.

Remember compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how.

Keep your old love letters, throw away your old bank statements.

Stretch.

Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don't.

Get plenty of calcium.

Be kind to your knees, you'll miss them when they're gone.

Maybe you'll marry, maybe you won't, maybe you'll have children, maybe you won't, maybe you'll divorce at 40, maybe you'll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary. Whatever you do, don't congratulate yourself too much or berate yourself, either. Your choices are half chance, so are everybody else's. Enjoy your body, use it every way you can. Don't be afraid of it, or what other people think of it, it's the greatest instrument you'll ever own.

Dance. Even if you have nowhere to do it but in your own living room.

Read the directions, even if you don't follow them.

Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.

Get to know your parents, you never know when they'll be gone for good.

Be nice to your siblings; they are your best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.

Understand that friends come and go, but for the precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography in lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young.

Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft.

Travel.

Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you'll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders.

Respect your elders.

Don't expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you'll have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out.

Don't mess too much with your hair, or by the time you're 40, it will look 85.

Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it's worth.

But trust me on the sunscreen.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Todos















Somos todos juntos...

Somos um mundo melhor...

Somos alegria...

Somos amor...

Somos esperança...

Somos, todos juntos, um mundo melhor!

foto by: .....***Sissi***.....