Não sei como são as amizades de cada um. Aliás cada amizade é única. Misteriosa e delicada. Diferente e única.
Conheci o meu amigo J no primeiro dia das praxes do meu primeiro dia como universitário. Presos numas grades de Entrecampos ele estendeu-me a mão e apresentou-se. Ficámos amigos. E somos muito amigos.
Agora ele vive lá fora. Corajosamente decidiu partir à sua procura para sítios onde a vida (para ele) lhe sorri mais.
Há um traço que distingue a nossa relação, e que tantas vezes me enche de uma saudade alegre. Foi sempre com ele que fui o mais de mim. Foi com ele que jogava computador até de manhã. Foi com ele que fui ver todos aqueles filmes que ninguém mais quer ver: Os Anjos de Charlie. Era com ele que falava de tudo, que revelava tudo, por saber que não havia crítica, não havia dúvida. Porque sempre nos ouvimos e nos respeitámos.
Foi com ele ao meu lado que descobri o que era ser jovem adulto, experimentar as coisas, os excessos, os limites. Foi com ele que viajei para perto e para longe.
Agora que ele está mais longe sinto falta desses momentos. Dessa amizade desprendida em que podemos dar azo a todos os caprichos. Em que podemos satisfazer desejos mais ou menos infantis, mais ou menos irresponsáveis.
Há amizades para tudo, para todas as circunstâncias, para todos os momentos.
A minha com o J é assim, é a altura de ficar outra vez estudante, outra vez arisco, outra vez brincalhão, e de cometer as loucuras que sempre nos apetecem e nem sempre temos coragem para fazer.
E este é o meu hino à nossa amizade.
Está tudo maravilhosamente explicado.
ResponderEliminarSinto exactamente o mesmo.
Esta amizade que nos une é um belo e forte sentimento fraternal e que vive apesar da distancia e se reafirma a cada reencontro.
Estou quase ai para mais loucuras ;-).
Obrigado por seres meu amigo.