Que bom estar de volta e saber que vocês estão aí! Ainda estão aí!? Neste canto cibernético, em que o Bernardo me deixou aninhar, partilho com a prima dele, com a amiga dele, com o amigo dele, com o desconhecido dele, mas todos visitantes da sua página... as minhas narrativas. Comecei por publicar no Bom Tempo no Canal o Mau Tempo que se fez noutros tempos da minha vida... narrativas esquecidas no baú dos papéis já amarelecidos pela passagem... do tempo. Hoje, quero partilhar convosco um pequeno texto que escrevi tem poucos dias. Calculo que (quem leu os textos anteriormente publicados por mim neste blog) saiba que são réplicas autobiográficas que aqui vos deixo, porque acredito que a nossa vida ganha mais sentido quando é partilhada.
Desejo-vos um excelente ano de 2009.
Viagens ao fim da tarde (com menta)
Naquela tarde do dia que se segue ao Natal, em que ainda não se está dentro da rotina diária, os nossos corações ainda estão moles e os nossos pensamentos num compasso lento de Amor... naquela tarde, Ana sentou-se à mesa da cozinha, respirando o ar libertado pelo seu chá de menta acabado de fazer. Inalando aquele cheiro viajou pelo mundo das recordações.
2001. Caen. França. Erasmus. Ela e a sua mãe. Junho. Verão. Grupo. Marroquino. Chá de Menta carregado de açúcar. Alegria. Momento. Instante de suspensão das vidas sofridas e resistentes. Uma árvore. Relva. Residências Universitárias. Despedida. Regresso.
Ana continuou cheirando o quente do chá de menta. Pegou em "Cem Anos de Solidão" e consigo, naquela tarde de frio de Inverno, viajou acompanhada por Gabriel García Márquez, para um mundo desconhecido, de imaginação.