Existe uma fixação existencial dos homens em relação ao peito das mulheres. Algo que não pode ser definido nem explicado em palavras, mas que todos os homens sentem.
A maior diferença é que uns disfarçam melhor que os outros, olham menos, comentam menos, pensam menos, mas a necessidade ou o desejo são idênticos.
Poder-se-ia dizer que tinha a ver com o facto de sermos alimentados, quando recém nascidos, através dessas admiráveis formas; que são elas que nos constróem e nos dão forma.
Num livro sobre a relação homem-mulher, uma investigadora dizia que era a única altura onde verdadeiramente o homem tinha a posição absolutamente passiva, e a mulher a activa.
E apesar de isso fazer, em minha opinião, todo o sentido, os homens que não tiverem ou o direito, ou a oportunidade, continuam fixados por esse pedaço de pele, cheio de tecido adiposo a que comummente denominamos mamas.
Não nos quero absolver da nossa responsabilidade, como namorados, comprometidos, maridos, pais de família, e até avós. Mas só quero explicar que é algo genético. Algo inexplicável e instintivo.
Quase como que uma necessidade de coleccionismo catalogante. Precisamos de olhar para elas, de “lhes tirar as medidas”. De as ir juntando a nossa lista de “mamas visionadas”. Ou com roupa, ou sem roupa. E a verdade é que tão depressa como surgem, depressa partem. (Nem todas, claro). Mas a necessidade, o desejo caprichoso, esses continuam.
E não querida, não é por as tuas não serem as mais bonitas, é só porque nascemos todos assim. Por isso querida, não, as mamas da vizinha não são mais bonitas que as tuas!
Amigo Bernardo.... é difícil, mas urgente, um comentário....
ResponderEliminarem primeiro lugar, há os que conhecem uma tua vizinha, e a aproximação pessoal não pode deixar de ser feita... de que vizinha falas? e quem é a querida que se sente comparada?
depois, há a visão de coleccionismo catalogante... pensava-te mais poético na apreciação.... onde estão as peras deliciosas, com sua doçura madura... ou verdinhas, à espera do melhor momento para serem comidas? onde estão os marmelos, a marmelada, as talhadas de melão fresco num campo de papoilas...? onde estão?
O Cesário já te havia ilustrado acerca dessa beleza.... mas como estás esquecido, e porque não te faz nada bem ter uma visão tão pretensiosamente científica acerca da questão, aqui vai.....
Naquele ‘pic-nic’ de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão de ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
Cesário Verde
As imagens e os argumentos...
ResponderEliminarNão é ilegítimo concluir da sequência dos últimos posts que este súbito aparecimento dos seios femininos pode ser considerado uma resposta (há muito aguardada) para a pergunta sobre a felicidade.
Desconcertante
Amigo Miguel, gostaria de saber concretamente qual a pergunta sobre a felicidade a que te referes? Podes dar detalhes?
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