Estou certo que a grande maioria de vocês vai achar que 32 anos já são uma idade respeitável. E não sou eu que vos vou contrair. Afinal já é um terço.
Não sou muito bom a fazer grandes saldos, nem olhar para trás com nostalgia, com pedagogia, com alegria, ou qualquer outro fenómeno especial.
A verdade dos factos parece-me simples: nunca nos sentimos tão maduros como pensávamos que nos sentiríamos quando chegássemos a esta idade, e olhando para a malta mais nova, não nos lembramos de nos sentir tão jovens como eles parecem ser.
Lembro-me de olhar com respeito e admiração para as pessoas de 30 anos, jovens adultos, já com um tipo de humor diferente, com ar sério, com uma postura respeitável e considerada. Que pareciam ter a vida organizada, saber para onde queriam ir e de onde vinham.
Na realidade, chegado a esta bela idade, olho para trás e não sinto assim tão diferente. Tão mais maduro, mais velho, mais sábio. A única coisa que realmente me parece diferente é que olhando para os amigos com vinte anos, vinte e tal, eles me parecem tão novos. E eu não me lembro de me sentir assim.
Mas isto de se viver o presente acaba por ser um pouco assim. Não guardamos a memória do bom, nem do mau. Não remoemos o que se passou, e o que se irá passar.
Com toda a certeza que há planos que não se concretizaram, e outros que se tornaram realidade. Houve surpresas e desilusões.
Esta coisa de se viver é uma aventura extraordinária. Por a vivermos sem controlar o nosso destino, por a vivermos acompanhados. Por a vivermos com tantas cores, cheiros, paladares.
È uma jornada fantástica. E amanhã? Logo se vê. Por enquanto ainda só tenho 31.
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