Ontem durante uma conversa animada, alguém disse: De S. Tomé todos temos um pouco...
Silenciosamente concordei que na nossa vida, há sempre momentos em que as nossas convicções são postas em causa, e em que presumimos que o que nos dizem/prometem pode não corresponder à verdade. Nessas alturas esperamos, mais ou menos pacientemente, pela prova do facto.
Claro que alguns mais inovadores até poderiam dizer: Eu preciso de ver, para querer! Depois de o olhar se convencer vem o corpo todo a seguir.
Mas voltemos à fé e a convicção...
Depois da minha amiga ter feito esta afirmação, pouco controversa, outra amiga vez uma muito mais polémica: Para mim nunca foi assim, foi mais ao contrário. Eu sempre vi mais do que o queria. E isso para mim era por vezes muito difícil.
Não estou a questionar o valor, a importância, ou as escolhas pessoais dela. Nem a veracidade do que disse. Aliás nem a ponho em causa. Muitas vezes vi e presenciei o que ela agora afirmava.
Mas realmente o que me pôs a pensar foi: se é preciso ver para crer para S. Tomé -> a minha amiga diz que sempre viu mais do que queria -> então ela nunca precisou de crer, porque já via e portanto acreditava nesses acontecimentos como verdadeiros e portanto não precisou de acreditar cegamente.
Ou seja, para descomplicar. É sempre fácil acreditar no que se vê, porque se crê no que se vê. O difícil, quer se veja muito ou pouco, é acreditar ou querer acreditar no que não se vê. No que não se sabe, mas apenas se vislumbra.
Em Barcelona li num cartão: Se já és tudo aquilo que queres ser, então é porque não te esforças o suficiente...
Às vezes questino-me sobre o que vem mesmo a ser um fafarrão e um homem de fé; ou melhor dito, o que vem a ser isso de se "ver mais do que se quer", de verdade?
ResponderEliminar(precisamos mais do que nunca desses homens e mulheres!)
Bom, sem querer provocar, e já provocando, acho sinceramente que o facto está somente em se acreditar, independentemente da visão o confirmar (e por favor, sem considerações adicionais!!!).
É por isso que pudemos dizer que as cidades do futuro serão compostas de muitas nacionalidades, sem nunca ter vivido numa ou mesmo sem estar a fazer quaisquer juízos de valor: eu acredito que essas cidades serão sempre muito boas!