Há uma semana atrás foi ouvir pela primeira vez na vida, e espero que não a última, o Rei do som Brasileiro ao vivo.
Ia cheio de esperança, de excitação, de alegria e de quase temor reverente, de quem se embaraça por ir encontrar o seu super-heroí ou até alguém que muito admire.
Não fui defraudado. Fui surpreendido. Mais uma vez o Chico (aquele que parece que veio da Holanda) encheu os nossos corações. Construiu uma ponte gigante entre o Brasil e Portugal. E deixou todos de mãos dadas (pelo menos com os corações).
Como todos os grandes espetáculos foi um crescendo. Primeiro a vergonha do que os vizinhos estão a pensar das minhas palmas, dos meus gritos e dos meus assobios. Depois a vontade de nos levantar-mos. E no fim, já todos de pé, perto do palco, a olhar para o Chico como se ele estivesse cá em casa.
Canta mais uma! Canta Chico!
Foi maravilhoso, um pequeno intervalo em tempo real de uma relação musical de longa data. Espero cruzar-me contigo de novo, mais cedo do que mais tarde. Mas enquanto isso, vai cantando mais uma para mim Chico...
Percebo perfeitamente o que dizes... infelizmente não fui ao Chico (apesar de ter bilhete!!!), mas dias antes tinha estado naquela mesma sala, rodeada de pessoas muito especiais e embalada pela nossa Mariza, que também me encheu a alma e o coração. Foi nessa mesma noite que descobri o poema "Chuva", que na voz da Mariza ganha uma vida ainda mais especial. Tenho a certeza que também vais gostar...
ResponderEliminarAs coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
Querida Marta,
ResponderEliminarAdorei o teu comentário ao meu post e que por isso passou a ser nosso.
Ficam assim ligados dois lados de um oceano por um sentimento musical comum. Obrigado :D