Nas últimas semanas tenho reflectido bastante sobre as escolhas profissionais que fazemos na vida. Primeiro, um almoço com a minha amiga RM levantou a eterna questão inicial: "Afinal porque não nos sentimos concretizados com o que fazemos na vida?". Esta questão não era nova, era velha, mas sempre permanente, e sem resposta ou solução (pelo menos que conseguisse vislumbrar no curto prazo).
Depois, noutro almoço com a amiga MF voltámos à questão: "Mas então trabalhamos para viver ou vivemos para trabalhar?" Falámos muito sobre escolhas, vontades, desejos, caprichos, sucessos ou insucessos. Já escrevi em tempo, que este é um problema da nossa geração. Esta dúvida sobre a nossa carreira, sobre quem somos, sobre o que queremos ser, o que nos faz feliz.
Mas ontem, surpreendentemente, num lanche com a RM (oh grande fonte de inspiração), ela perguntava com alguma simples profundidade: "Mas afinal dessas coisas todas já descobriste o que realmente te faz feliz? O que é que gostavas mesmo de fazer?"
Não lhe soube responder... Sei algumas coisas: "Pessoas, Natureza, Ajudar, Ensinar, Tecnologia, Espiritualidade" São tudo parte importante do que eu gostaria de fazer.
E vocês? Já pensaram nisto? O que afinal vos faz sorrir?
PS: Agradeço a todos os fotógrafos ou proprietários dos sites de onde copiei as fotos sem nenhuma espécie de autorização.
- Icnêuma said...
Daniela Santos said...
São tantas as coisas que me fazem sorrir, que às vezes até me pergunto como é possível ficar com uma "trombinha" de metro e meio!
Os fins de tarde na esplanada do Adamastor, no Verão, a ler graphic novels do Dave McKean, os jantares com os amigos que não se perdem, as memórias dos amores bem vividos...
PS - Co' a breca, estou a ficar viciada neste blog!
A mim faz-me sorrir os vossos comentários. Obrigado
- Anonymous said...
-
A mim fazes-me sorrir tu, meu querido amigo :-)
RM
A mim? Este excerto.
ResponderEliminarOra lê:
"Nas aldeias antigas, as mulheres do campo
esperavam o princípio da tarde para correrem
no meio das searas, em busca de uma clareira
onde se pudessem despir, para que o sol,
descendo à terra, as pudesse possuir. O fogo
que nascia dos seus lábios pegava-se à erva,
e durante um instante toda a seara ardia,
sem fogo nem fumo, apenas com o desejo
que se soltava da sua boca, e ia apagar o sol,
nas tardes em que a noite caía mais cedo.
Espreitei essas mulheres quando voltavam
das searas, e nos seus olhos traziam um cansaço
de amor. Acompanhei-as às suas casas, e vi-as
deitarem-se contra a parede, olhando os seus
rostos no espelho que as velhas seguravam.
Tinham no rosto um princípio de melancolia;
mas diziam-me que a noite resolveria tudo,
quando a sua cabeça se enchesse de sonhos.
«Que queres daqui?» perguntavam-me. E eu
pedia-lhes que me guardassem a imagem
do espelho, em que a eternidade se dissipa,
como o seu sorriso no rescaldo do prazer"
Nuno Júdice @ 12:46
São tantas as coisas que me fazem sorrir, que às vezes até me pergunto como é possível ficar com uma "trombinha" de metro e meio!
ResponderEliminarOs fins de tarde na esplanada do Adamastor, no Verão, a ler graphic novels do Dave McKean, os jantares com os amigos que não se perdem, as memórias dos amores bem vividos...
PS - Co' a breca, estou a ficar viciada neste blog!
A mim fazes-me sorrir tu, meu querido amigo :-)
ResponderEliminarRM
O que me faz sorrir é olhar para a Inês e o Rodrigo todos os dias.
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