Diria que nem sempre podemos fazer o que queremos, mas podemos sempre fazer o melhor que podemos.
Diria que nem sempre gostamos do que nos acontece, mas podemos sempre aceitar o inevitável.
Diria que não podemos decidir o nosso futuro, mas podemos sempre olhar para o mesmo com alegria e antecipação.
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Sempre estive convicto de que somos os exclusivos responsáveis do que nos acontece. Do nosso presente. Diria que somos o resultado do que pensámos ser no nosso passado, e que amanhã seremos resultado do que pensamos e sentimos ser hoje.
No entanto, vamos aprendendo que esta regra, como todas as regras tem as suas limitações. Existem momentos em que o que sentimos e o que vivemos não nos permite (ou não nos permitimos) criar o espaço necessário para tomar a decisão do que queremos ser em consciência. Com a tal carga e intencionalidade criadora.
E apesar de resultar mal sermos o resultado apenas das nossas dores e desejos primários, básicos, controladores e possessivos, isso acontece muitas vezes no nosso dia a dia.
Por isso talvez o segredo seja criar um espaço fundamental para podermos criar-nos todos os dias, independentemente da dor, dos problemas, das preocupações, de tudo o que não controlamos conscientemente.
Como se fossemos uma obra de arte que vamos construindo pouco a pouco, com tempo, com carinho e com amor. Nesse processo activo criador.
Isso não é fácil. E pode até nem sempre resultar. Mas o fácil, nem sempre é bom; mas o bom é quase sempre fácil.
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Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado;
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco;
Há sempre alguém que nos faz falta;
Há saudade...
Facilitismos à parte, bom bom é quando somos capazes de falar.
ResponderEliminarGosto tanto de Eugénio de Andrade. Aqui fica:
"Balança
No prato da balança um verso basta
para pesar no outro a minha vida."