A tua vida inundou a minha. Noites na cama aos meus pés. As tuas orelhas ao vento. Ladrares sem parar a tudo o que se move. Arrastares a minha cadeira por não sei quantos metros. Defenderes a nossa casa como ninguém. Receberes-me sempre com tanto amor. Nunca fazeres o que te pedia.
Como em tudo na vida, aprendemos a nos amar. Eu a respeitar o teu desejo de liberdade. Tu a respeitares as mil pessoas que passavam lá por casa.
Ainda hoje no bairro me perguntam por ti. Foste o cão mais simpático que alguém podia ter. Na escola perto de casa todas as crianças gostavam de ti. E era com orgulho que te passeavas com um "GREVE" escrito no teu lombo nos dias das manifestações.
Depois quando a mãe decidiu por o nosso número de casa na tua trela era telefonemas todos os dias. Cheios de pena de ti. Sem perceberem bem que eras livre. Que não precisavas que tomassem conta de ti. Que para lá dos teus donos tinhas uma vida que era tua.
Os vizinhos, por vezes, traziam-te a casa e era com resultância que te recolhias. O que gostavas era da liberdade. Tal cão, tal dono?
Querias-me tanto que por vezes não sabia o que fazer. E querias-me tanto por perto que me atrapalhava. Mas eras o meu amigo incondicional, o meu companheiro, o meu irmão...
Estavas sempre lá, e eu estive sempre contigo. Daquela vez que quase morreste envenenado. Quando ficaste doente.
Tenho saudades tuas Buba. Foste o começo do meu crescimento, da minha vida adulta e das minhas responsabilidades.
E nunca te tinha agradecido. E nunca te tinha escrito. E nunca te tinha dito como me aquecias: os pés, o colo, o coração.
És o maior!!!
PS: A foto não é do Buba, mas é quase. Naquela altura não existiam fotos digitais. Mas assim que tiver uma foto dele mudo esta que está aqui.
fiquei com a lagriminha no canto do olho ao ler isto.
ResponderEliminarmt bonito,de certeza que ele adorou.
do Buba guardo a memória da tua volta de carro pelo bairro a chamar por ele e o ar de surpresa/desdém quando deu por mim no banco do pendura, que era dele por direito. Mas ficámos logo amigos porque ele era de uma simpatia à prova de tudo.
tb me lembro de te perguntar por ele, e de responderes que andava por aí, na vida dele. Mas até as suas ausências eram uma forma de estar connosco, à sua maneira.
Eu lembro-me de chegar a casa a cheirar a Buba.
ResponderEliminarDepois de algumas horas em trabalhos de grupo.
Ou tarde de grupo apenas.
E recordo que ele era mesmo chatinho mas um chatinho bom porque andava sempre de volta de nós.
E a primeira coisa que perguntei foi se ele e o gato se davam bem.
Ele dava-se bem com tudo.
beijinhos Bernas
Sempre tive cães na minha vida. Adoro-os.
ResponderEliminarActualmente tenho o Yuri, um Labrador guloso, regila mas extraordinariamente meigo.
"Quem não gosta de cães, não gosta das pessoas".
Gostei do seu blog. Voltarei
Amei! Maravilhoso! Mesmo.
ResponderEliminarGostei... Gostei até muito.O nome só me traz Boas Recordações. É segunda Buba que tenho, até um Canil com o nome Casa da Buba, e mesmo um afixo Casa da Buba, em reconhecimento às minhas duas Bubas. :-))
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