Nos meus devaneios cibernéticos encontrei-me com este senhor: INRI Cristo, que podem conhecer http://www.youtube.com/watch?v=l5FF4w6UkYM ou até http://www.youtube.com/watch?v=kgp-ZXWJZis. (Se quiserem procurar na net poderão encontrar muito mais sobre esta pessoa "curiosa") Este homem diz ser Jesus retornado e não teme as câmaras, nem os Talk-Shows.
Por outro lado, tenho pensado imenso, e já há muito tempo ,no papel dos Media. Trabalhei durante algum tempo numa Agência de Comunicação e, imagino, que o que fiz lá seja igual ao que todas as agências fazem. Confesso que foi surpreendente para mim a forma como as empresas, as agências de comunicação, e os media se relacionam. Há algo de terrivelmente perturbador nessa relação. E o que mais assusta é que os jornalistas, os editores, as empresas falham em perceber o perigo e a deturpação dessa relação umbilical.
Para além disso, os Media alimentam-se entre si, uns informam os outros, as Agências escrevem Press Releases já digeridos para os Media publicaram, as empresas oferecem bilhetes, refeições, presentes, passeios e tudo o mais às Agências e aos Media.
Ainda mais, os Media não acreditam no seu papel formativo, na importância que têm para a educação, o quanto mudam e educam os seus ouvintes, espectadores e leitores.
Já não existe o papel de informar!
Hoje o papel é o de surpreender, chocar, sensacionalizar. Tudo o que lemos e vemos e ouvimos vem em formato: tomem lá mais uma para verem como isto anda mal, ou então, eu sei que não acreditam mas realmente aconteceu mais esta desgraça.
Não sei qual é a solução, mas sei que há um problema que ninguém quer analisar, entender e caminhar em direcção a uma solução.
Mas e Jesus no meio disto? Perguntam vocês...
Quando vi o amigo do início a aparecer na TV questionei-me se Jesus voltasse à terra se ele seria televisionado ou não. Isto porque existe uma música fantástica que diz: "A Revolução Não Será Televisionada".
Não sei o que Jesus faria: se teria o seu Talk Show, se faria o milagre do desaparecimento das notícias, ou se expulsaria das suas imediações os jornalistas ansiosos por criar, fomentar, produzir e transmitir mais um escândalo.
Mas cuidado amigos, cuidado amigos jornalistas. O que escrevem, o que dizem, o que pensam não é inconsequente. Se alguém tem responsabilidade acrescida na construção do nosso futuro global são vocês.
Pensem nisso...
Na Universidade, parte dos livros que foram recomendados e dos que foram comprados não foram lidos. Fiquei pelos apontamentos pessoais das aulas e a partilha dos cadernos dos colegas.
ResponderEliminarHoje, comecei a pegar neles e a lê-los. E penso que actualmente tenho muito mais capacidade de os compreender e analisar do que na altura. Sinto que a Universidade, para quem tem ideias maiores para a sua vida, é apenas um começo. Depois há que continuar a ler, a questionar...
Tinha muitos colegas que criticavam o facto de termos muita Filosofia no curso que era Ciências da Comunicação. E eu própria, em certos momentos - talvez de revolta e de cansaço, também fiz essa crítica. Agora sei que a Filosofia é matéria essencial a qualquer indivíduo e mais àquele que trabalha para as massas, muitas vezes, moldando-lhes o pensamento.
Terão os nossos comunicadores um sentido filosófico na atitude que tomam na sua profissão? Em Jornalismo, fala-se em neutralidade, o que penso que cada vez mais é distante destes profissionais. Logo, será que eles reflectem com frequência acerca da ética e deontologia da profissão? Pessoalmente, não me parece. O que eles gostam (e muitas vezes, sentem-se obrigados pelas circunstâncias) é produzir resultados sem uma baliza de fins autónomos, ligados a um objectivo maior que lhes dê sentido à vida, à pessoal e colectiva.