Há um espaço que não cansa. Há um tempo que corre tranquilo. Há sempre lugar para tudo. Caminhamos com um sorriso. Afinal, há BOM TEMPO NO CANAL. Este é um blog sobre quase tudo, mas principalmente sobre o dia a dia, os acontecimentos, as pessoas e as suas relações.
quarta-feira, 26 de abril de 2006
Passos Largos
segunda-feira, 24 de abril de 2006
Sondagem sobre o post do peito das senhoras
Este foi o resultado final da sondagem antes de mudar o post:
Isto foi o que aconteceu depois, cada um que faça as suas interpretações ou comentários:
Tags: post mamas, sondagem, opinião, comentários
Fantasma do Natal Futuro
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Hoje fui acordado, ainda nem eram horas para os pássaros cantarem, pelo fantasma do natal futuro.
Não é de certo a primeira vez que me aparece, mas hoje foi mais nítido do que nunca. (Aliás ele já anda por perto faz algum tempo, mas isto só vê quem quer ver)
Para os que não conhecem a história, um homem muito "mau" é visitado por três fantasmas, na noite de Natal, cada um mostrando-lhe diferentes natais (passado, presente, futuro). Claro que o senhor resolve o seus problemas para mudar o futuro que se vislumbra tão negro.
Não é certo as razões pelas quais as pessoas se cruzam no mundo, ainda por cima, do tamanho que é. Ou seja, porque é que pessoas tão específicas vêm aparecer ao nosso lado, em determinado momento da nossa vida. Sinceramente, também não tenho explicação.
Mas esta visita de hoje, foi o espelho, mais ou menos distorcido, de um de tantos futuros possíveis da minha vida. Não que este espelho acidental seja uma má pessoa, ou injusta, ou cruel; é apenas uma pessoa, mas que para mim representou, pelo menos hoje, algo que eu poderei vir a ser e que me assustou.
Também não sei se podemos alterar em grande medida o que nos acontece, mas temos, e isso acredito, a força para mudar a direcção do nosso caminho, a determinação para recusar ou aceitar o que nos acontece e para não nos rendermos a um determinismo fatalista (acho que é mesmo o que mais me assusta nas pessoas).
Não quero este Natal Futuro para mim, quero coisas diferentes. Mais ternura, mais amor, mais harmonia e mais serenidade.
"Aprendi a lição senhor fantasma, prometo!"
PS: Para os que não conhecem a história podem lê-la aqui.
sábado, 22 de abril de 2006
From Lisbon to the World
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Since I was about 14 I realized the world wasn’t just Portugal and the others. Or just white, or black, or yellow people. It was made of a multiplication of different combinations. Wonderful combinations.
I have travel a bit, and I have met people from all over. And I must confess it is that variety that brings colour and happiness to my life. I am not a Portuguese, I am a worlduese. Part of this little circle where we all live and that we share, closer and closer together.Having a Danish friend meeting a Chinese Swedish in a computer shop. Meeting a blond blue eyed African or some other amazingly interesting mixture.
And in that profound sense Lisbon is part of that small world, we Portuguese, sailors and discovers of the world. Home to some many and starting journey for such a large amount of people. I love Lisbon, I love the mystery of having such big differences and such similarities.It is a mixture of beauty and poverty, of colossus buildings and little nothings. Of educated people, and of simple smiles.
Down some deep mysterious feelings I feel I belong here, my epicentre of the world.Tags: World, Portugal, Lisbon, part of the world
O peito daquela mulher é mais giro que o meu?
Não pode evitar. O Antunes, acompanhado da sua esposa, descia um elevador com uma vizinha decotada. E aquele ... ramo rubro de papoilas ... tirava-o do sério. Está preso a ele. A sua esposa, já incomodada apertava-lhe a mão com força.
Ao sair do elevador o Antunes olha para a esposa com um ar inocente e diz:
"Sabes amor, não sei se já percebeste, mas existe uma fixação existencial dos homens em relação ao peito das mulheres. Algo que não pode ser definido nem explicado em palavras, mas que todos os homens sentem.
A maior diferença é que uns disfarçam melhor que os outros, olham menos, comentam menos, pensam menos, mas a necessidade ou o desejo são idênticos.
Há quem diga que tem a ver com o facto de sermos alimentados, quando recém nascidos, através dessas admiráveis serras; que são elas que nos constróem e nos dão forma.
Num livro sobre a relação homem-mulher, li eu uma vez, uma investigadora dizia que era a única altura onde verdadeiramente o homem tinha a posição absolutamente passiva, e a mulher a activa.
Sabes querida, mesmo os homens que não tiverem ou o direito, ou a oportunidade, continuam fixados por esse pedaço de pele, cheio de tecido adiposo a que comummente denominamos mamas.
Não quero absolver a nossa responsabilidade, como namorados, comprometidos, maridos, pais de família, e até avós. Mas só te quero explicar que é algo genético. Algo inexplicável e instintivo.
Quase como que uma necessidade magnética. Precisamos de olhar para elas, de “lhes tirar as medidas”. De as ir juntando a nossa lista de “peitos visionados”. Ou com roupa, ou sem roupa. E a verdade é que tão depressa como surgem, depressa partem. (Nem todas, claro, como as tuas amor). Mas a necessidade, o desejo caprichoso, esses continuam.
E por isso não querida, não é por as tuas não serem as mais bonitas, é só porque nós homens nascemos todos assim. Por isso querida, não, o peito daquela mulher não é mais giro que o teu!
sexta-feira, 14 de abril de 2006
Um Amor Feliz Não Tem História ...
Acho a frase forte e cheia de sentido. E hoje, no começo deste merecido descanso, achei que a devia partilhar convosco. Podemos analisá-la de muitas formas, mas para mim destaca-se em duas dimensões fundamentais.
Acho que os verdadeiros amores vivem-se, não se sonham, ou não se relembram com nostalgia. São momentos plenos e completos, em que vivemos da melhor forma que sabemos e conseguimos. São momentos onde nos sentimos completos, complementados, concordantes e construtivos.
Por isso são amor sem história, mas infinitamente presentes. São o agora do amor.
A outra possibilidade é pensarmos nas relações que passaram, no que recordamos delas, e feliz ou infelizmente, tendemos a construir uma narrativa das nossas relações que não correram bem, tentamos montar, adaptar, estruturar sentimentos que não resolvemos, que não entendemos, que nos foram dolorosos.
Num amor feliz, não há memórias assim, sou a doce lembrança das aventuras e dos momentos em comum.
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Já agora só mais uma nota sobre a memória. Um cientista que analisava crianças com memórias de passados violentos e de abusos concluíu duas coisas muito interessantes: Primeira, que quando mais falamos sobre o que nos aconteceu, mais alteramos e adaptamos e modificamos a nossa experiência vivida; a segunda, que na realidade, só cerca de 10% das nossas memórias correspondem ao que objectivamente aconteceu, o resto é uma colagem fantasiosa da nossa cabeça.
quarta-feira, 12 de abril de 2006
Os Amigos "Gato Fedorento"
Mãe: Ouve lá filho, sabes aquele programa que dá na RTP1 a seguir ao Telejornal à sexta-feira?
Filho: Sim mãe, os Gato Fedorento.
Mãe: Tu consegues achar piada aquelas asneiras todas?
Lua Cheia de Verão
terça-feira, 11 de abril de 2006
Felicidade
Um será que a felicidade é apenas um estado que se escolhe ter, independentemente dos acontecimentos ou circunstâncias?
quarta-feira, 5 de abril de 2006
Ora vejam aqui
(in Um Amor Feliz, p.229)
terça-feira, 4 de abril de 2006
Comentários aos comentários
LB disse que em alguns casos eu escrevia coisas grandes, fazendo aquele gesto com as mãos, palma contra palma, afastando-as largamente, tão grandes que nem sequer há tempo para ler.
Eu digo que ela tem razão, mas o desfiar do que me preenche não tem fita métrica, pode ser breve e simples, ou enorme e sem sentido. E por isso só os lê quem tem tempo/paciência/vontade para o fazer. E eu gosto assim, para cada gosto seu paladar.
A disse que estava surpreendido com o meu blog, que o achava muito interessante.
E eu digo que não o acho interessante, tantas vezes o acho repetitivo e monótono, ou pouco interessante na forma da escrita e dos conteúdos. Mas como espelho da minha vida que é, nem tudo é interessante, rico e cativante. Como a vida em si.
Sonhos e outras coisas que nos fazem sonhar
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Estou a ler um livro apaixonante: "Um Amor Feliz" de David Mourão Ferreira. Confesso que ainda só vou a meio mas aconselho vivamente dois capítulos extraordinários de literatura portuguesa: o do Jantar em casa dos latino-americanos, e o outro o discurso exaustivo e realista da empregada da limpeza. São pérolas da escrita.
Ou melhor, para mim são pérolas da escrita. Talvez por que me identifique, não obviamente com a qualidade, mas de uma forma muito mais modesta (a minha claro) com uma escrita visual e cheia de humor, que nos preenche os sentidos.
Era assim que gostaria de ser. Um escritor de sentidos, de sentimentos, de humor e de encanto. Um escritor que pinta as palavras de forma encadeada, sem cuidados excessivos, nem intelectualismos gratuitos.
Sempre quis escrever. Desde que tinha idade para juntar letras. E ainda guardo religiosamente em casa esses pedaços de letras desalinhadas, cheias de erros de ortografia, gramática, mas cheios de mim:
"e o cão veiu salfar a selhora Ana do asidente."
Nunca foi pela qualidade da escrita, mas por algo que Richard Back descreve lindamente no seu livro Ilusões: algo que rebentando pela parede, te agarra no colarinho e diz, não te largo enquanto não me escreveres.
E assim é! Não que seja algo de vida ou morte. Mas diz St. Teresa d'Àvila: O único verdadeiro pecado é o que fica por fazer. E tantas vezes pequei. Por medo, por preguiça, por convicção de falta de jeito.
Hoje já não é tanto assim. Neste blog, vou encontrando um espaço de expressão dos meus amigos, que me apertam o colarinho. E vão tranquilamente tombando para as páginas de bites and bytes deste blog. E fico mais tranquilo e feliz de os ver expressos. E contente porque me trazem também espaços para outros sonhos.
Queria também cantar. Sempre quis cantar. Ser protagonista de uma qualquer banda. Sentir a música e encantar. Estar num palco intimísta, a desencadear palavras e sons em cadências românticas.
Sou um humanista, existencialista, romântico e sonhador.
E continuo cheio destes sonhos que parecem feitos de criança: ser bombeiro, pintor, rico, polícia, herói. Mas não é isso que nos faz avançar? Querer sempre mais?
segunda-feira, 3 de abril de 2006
Grande Festa
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Foi realmente a forma perfeita de dar início aos meus 32 anos. Não podia ter corrido melhor.
São nestes momentos que temos a certeza que parte fundamental da nossa vida são as pessoas que nos rodeiam. E eu tenho tanta sorte. Vivo rodeado de pessoas que me conhecem, que gostam de partilhar este projecto comigo. E eu gosto delas, e gosto da casa cheia.
Gosto de ter de me sentar no chão, de não haver jantar que chegue, de ter a casa cheia de sons e de sorrisos. Dos doces e dos salgados, das partidas e dos pequenos acidentes.
Foi realmente magnífico estarmos todos reunidos.
Obrigado a todos.
PS: as fotografias são o lado exterior do mealheiro onde se reuniu as verbas para mais um módulo para a sala. Faltou muito pouco para o valor necessário e assim sendo eu oferecerei a mim próprio o que ainda falta. Em breve prometo novidades sobre o mesmo.
Estamos a ficar velhos?
D: Eu gosto de homens mais velhos!
B: Eu já tenho 32 anos, o que achas?
D: No ponto!
J: Pois D, daqui a uns anos vais dizer antes: Eu gosto de homens, ponto!