segunda-feira, 13 de novembro de 2006

O Rei não morreu! Está vivo e é Brasileiro.

Há uma semana atrás foi ouvir pela primeira vez na vida, e espero que não a última, o Rei do som Brasileiro ao vivo.

Ia cheio de esperança, de excitação, de alegria e de quase temor reverente, de quem se embaraça por ir encontrar o seu super-heroí ou até alguém que muito admire.

Não fui defraudado. Fui surpreendido. Mais uma vez o Chico (aquele que parece que veio da Holanda) encheu os nossos corações. Construiu uma ponte gigante entre o Brasil e Portugal. E deixou todos de mãos dadas (pelo menos com os corações).

Como todos os grandes espetáculos foi um crescendo. Primeiro a vergonha do que os vizinhos estão a pensar das minhas palmas, dos meus gritos e dos meus assobios. Depois a vontade de nos levantar-mos. E no fim, já todos de pé, perto do palco, a olhar para o Chico como se ele estivesse cá em casa.

Canta mais uma! Canta Chico!

Foi maravilhoso, um pequeno intervalo em tempo real de uma relação musical de longa data. Espero cruzar-me contigo de novo, mais cedo do que mais tarde. Mas enquanto isso, vai cantando mais uma para mim Chico...

2 comentários:

  1. Percebo perfeitamente o que dizes... infelizmente não fui ao Chico (apesar de ter bilhete!!!), mas dias antes tinha estado naquela mesma sala, rodeada de pessoas muito especiais e embalada pela nossa Mariza, que também me encheu a alma e o coração. Foi nessa mesma noite que descobri o poema "Chuva", que na voz da Mariza ganha uma vida ainda mais especial. Tenho a certeza que também vais gostar...

    As coisas vulgares que há na vida
    Não deixam saudades
    Só as lembranças que doem
    Ou fazem sorrir

    Há gente que fica na história
    da história da gente
    e outras de quem nem o nome
    lembramos ouvir

    São emoções que dão vida
    à saudade que trago
    Aquelas que tive contigo
    e acabei por perder

    Há dias que marcam a alma
    e a vida da gente
    e aquele em que tu me deixaste
    não posso esquecer

    A chuva molhava-me o rosto
    Gelado e cansado
    As ruas que a cidade tinha
    Já eu percorrera

    Ai... meu choro de moça perdida
    gritava à cidade
    que o fogo do amor sob chuva
    há instantes morrera

    A chuva ouviu e calou
    meu segredo à cidade
    E eis que ela bate no vidro
    Trazendo a saudade

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  2. Querida Marta,

    Adorei o teu comentário ao meu post e que por isso passou a ser nosso.

    Ficam assim ligados dois lados de um oceano por um sentimento musical comum. Obrigado :D

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