sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Sobre o ano que foi e o ano que vem


Há tantas coisas para agradecer:

O que aprendi, quem amei e me amou, quem me corrigiu e quem me perdoou, quem me sorriu, quem chorou, quem disse olá e quem disse adeus, quem me ensinou e quem quis aprender, quem esteve mais perto e quem esteve mais longe.

Mas de tudo, de tudo o que vale e é valioso fica a imagem desta criança incrível, que não pára de sorrir, e que me recebe sempre de braços abertos e que me ensina que tudo vale a pena.

Foi um ano fantástico mas tenho a certeza que o próximo vai ser ainda melhor.

Para o ano vamos todos ter um ANÃO GIGANTE (piada fraquita mas tinha prometido que vinha aqui parar)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Peru de Natal

Chefe de família que se preze trincha um peru no Natal. Eu como já tenho uma família (bem pequena é certo, mas já é família) queria trinchar um peru. Mas, como é óbvio, para trinchar um peru precisa de ter o próprio do bicho.

Graças à Citroen recebi um peru enorme (empacotado e não vivo, graças a Deus). E assim pus-me na hercúlea tarefa de o preparar. Ora para estas missões megalómanas não há melhor que o Livro de Pantagruel. E lá foi o Bernardo...

Um dia e 4 supermercados depois estava pronto. Foram dois dias em salmoura (nem vos vou explicar que dá demasiado trabalho), um dia pendurado e outros dois no frigorífico.

Para o recheio foram bifes, e castanhas, e cebola, e pão e leite e sei lá mais quê. E cozer as castanhas, e preparar o recheio.

E achas que o peru cabe no forno? - perguntaram-me - Era só o que faltava pensei.

Mas cabia, mal e porcamente, mas cabia.

E no dia de Natal foi acordar às nove e rechear o bicho e meter-lhe a maça no rabo, e costurá-lo como se fosse uma meia rota. E metê-lo no forno por mais de 3 horas.

E quando ficou pronto foi outro sarilho. Para casa da mãe. Não cabia em lado nenhum. Derramou molho por cima das calças e dos sapatos. E foi embrulhado em alumínio, e aventais e sei lá mais quê.

Mas consegui chegar a casa da mãe com o bicho. Eu, a F., a mãe e o bicho. E... no momento solene... trinchei-o e estava maravilhoso. Macio e tenro no peito.

O que um gajo tem de passar para trinchar um peru.

Mas para castigo. Mesmo a meio da tarde, na TV o cabrão do Jamie Oliver fazia pouco do meu peru, mostrando os seus dotes com o peru dele.

Mas para o ano vingo-me. Há-de ficar tão bom, tão bom.

Que se cuide a família e os perus.


Jamie Oliver e o cabrão do peru dele

domingo, 23 de dezembro de 2007

A Dança da Mudança - Projecto Sistémico













O amor cria amor, o amor não tem regras, isto é assim para todos
Virgílio


A Dança da Mudança
Processos de Coragem, Fé e Esperança

Projecto sistémico em 3 fases para todos os que querem mudar algo na sua vida
por Bernardo Ramirez

Fase I – Recursos
Quais são as coisas que tenho em mim para me ajudar?
Quais são as minhas qualidades?
O que me dá força?

Fase II – Obstáculos
O que me impede de avançar?
Quais são as coisas que temo?
O que me retira coragem?

Fase III – Mudança
O que é que quero mudar na minha vida?
Onde estou e para onde quero ir?
Estarei pronto?


Datas:
Fase I – Dia 19 de Janeiro (das 14:30 às 18:30 horas)
Fase II – Dia 16 de Fevereiro (das 14:30 às 18:30 horas)
Fase III – Dia 15 de Março (das 14:30 às 18:30 horas)


Preço:
Cada fase 40 Euros
As três fases 100 Euros


Local:
Espaço PSI
Av. Maria da Conceição, 49 r/c B
2775-605 Carcavelos


Projecto criado, orientado e facilitado por:
Bernardo Ramirez
Email: bernardorosaramirez@gmail.com
MSN: bramirezportugal@hotmail.com
Tel: 966 220 808


O que são constelações?
Criadas por Bert Hellinger, as constelações são representações de um espaço no presente de uma imagem interna de um sistema na nossa vida, seja ele familiar ou profissional. Nesse vínculo existe informação sobre lealdades invisíveis e/ou sobre sentimentos que temos. Ou seja, todos temos uma imagem interna dos nossos vínculos com os elementos desse sistema. Essa imagem, através das constelações, é apresentada como se tratasse de uma fotografia, revelando as dinâmicas, tanto visíveis como invisíveis, desse mesmo sistema.

Quem é Bert Hellinger
Nascido na Alemanha em 1925, formou-se em Filosofia, Teologia e Pedagogia. Como membro de uma ordem de missionários católicos, estudou, viveu e trabalhou durante 16 anos na África do Sul, dirigindo várias escolas de nível superior. Posteriormente, tornou-se Psicanalista e, por meio da Dinâmica de Grupos, da Terapia Primária, da Análise Transaccional e de diversos métodos hipnoterapêuticos, desenvolveu sua própria Terapia Sistémica e Familiar.
Foi graças ao envolvimento posterior com a terapia familiar que ele se deparou pela primeira vez com as constelações familiares, marca registada de sua obra terapêutica, e abordagem à qual ele acrescentou novos níveis de significação e possibilidades.
Seu entendimento das leis segundo as quais os membros de um sistema familiar ficam implicados, assim como a sua maneira de configurar as Constelações Familiares visando uma solução imediata, valeram a Hellinger o reconhecimento como uma das figuras-chave do mundo Psicoterapêutico actual.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Alegria


Não deve haver alegria maior que descobrir que vamos ajudar a construir uma nova vida. Que em parte vem de nós e é parte de nós. Alegria para mim de fazer parte da vida da A. e do J. Parabéns AMIGOS

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Saber Ver

Há muita gente que me pergunta o que é isso do trabalho com Constelações. E eu respondo na palavra do poeta:

http://bomtemponocanal.blogspot.com/2006/10/saber-ver.html

Isto foi escrito há mais de um ano no meu blog. E agora encaixa no que vivo. É assim...

Dança da Mudança

Terminei este fim de semana o meu curso de Constelações Organizacionais.
Ontem organizei o primeiro semi-workshop sobre o tema da mudança.

Estou a concentrar as minhas energias para partilhar convosco o que tenho reflectido sobre a vida e sobre o que é a mudança.

Para isso vou organizar um workshop com o título "Dança da Mudança"

Espero que queiram vir participar nesta aventura comigo.

AINDA E SEMPRE SOBRE O AMOR

"Quero ser eu. Quero ser crescida e quero muito que me amem como sou." diz a S.

Estar é sempre amar, é sempre insistir, é sempre querer recomeçar.
Amar é viver, é não temer, é enfrentar.
Amar é sorrir, é perdoar e é aprender.
Estar a dois é primeiro e sempre estar.
Sem dois, sem três e sem quatro, mas apenas estar.
Amar é ser e é estar.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Ana de Amsterdam



Ana de Amsterdam

Composição: Chico Buarque/Ruy Guerra

Sou Ana do dique e das docas
Da compra, da venda, das trocas de pernas
Dos braços, das bocas, do lixo, dos bichos, das fichas
Sou Ana das loucas
Até amanhã
Sou Ana
Da cama, da cana, fulana, sacana
Sou Ana de Amsterdam

Eu cruzei um oceano
Na esperança de casar
Fiz mil bocas pra Solano
Fui beijada por Gaspar

Sou Ana de cabo a tenente
Sou Ana de toda patente, das Índias
Sou Ana do oriente, ocidente, acidente, gelada
Sou Ana, obrigada
Até amanhã, sou Ana
Do cabo, do raso, do rabo, dos ratos
Sou Ana de Amsterdam

Arrisquei muita braçada
Na esperança de outro mar
Hoje sou carta marcada
Hoje sou jogo de azar

Sou Ana de vinte minutos
Sou Ana da brasa dos brutos na coxa
Que apaga charutos
Sou Ana dos dentes rangendo
E dos olhos enxutos
Até amanhã, sou Ana
Das marcas, das macas, da vacas, das pratas
Sou Ana de Amsterdam

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Viver ou Morrer

Como tudo na nossa existência também podemos escolher se queremos viver ou se queremos morrer.

Eu faço parte dos primeiros. E tu?

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Quantos são?


Só para avisar o universo que dou conta de tudo o que me enviar. Sem medo. Porque há sempre a esperança que amanhã seja um dia muito melhor. Viva a vida

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Cáritas - Voluntariado

Ontem estive num evento onde, fora de contexto, foi dito que a Cáritas Portuguesa precisava de voluntários. Quem quiser espalhar a palavra ou ser voluntário é só ir aqui.
Todos agradecem

Julgamento

Quase toda a gente gosta de acusar, quase ninguém gosta de ser acusado. Se não querem ser alvo de um, não façam o outro.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Dupla Celebração

Estes últimos dois dias foram de festa. Há tanto para fazer, e tão pouco tempo, que ainda não deu para festejar mas há muita alegria no ar. Ontem foi a tese da F que seguiu para a orientadora em versão final. Hoje faz um ano que eu e a F vivemos juntos. Não podia estar mais feliz. Ontem acabou uma fase para hoje começar uma nova. Viva o conhecimento, viva o amor.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Martelo no Dedo

Tenho uma amiga que me dizia cheia de mágoa: se continuo a fazer as coisas do mesmo modo, vou sempre chegar ao mesmo sítio.

E eu respondi-lhe: que alegria, assim já sabes que se fizeres diferente, pode acontecer muita coisa diferente. Ela não percebeu.

E eu disse: imagina que estás sempre a dar com o martelo no dedo e que te doi. Tu sabes que te doi, mas continuas a dar com o martelo no dedo. O que é fantástico é que já sabes que se deixares de bater com o martelo no dedo, deixa de te magoar.

E ela disse que percebeu, mas acho que não percebeu.

Mudar é mesmo o mais difícil.

domingo, 11 de novembro de 2007

Não Venham Mais Cinco

Já aqui não escrevia faz uns tempos. Ando a tirar o CAP, num emprego novo, enfim... Tanta coisa e tão pouco tempo. Mas sexta e sábado aconteceu um fenómeno fantástico que tenho de partilhar.
____________________________________

Sexta feira, ao contrário do que sempre faço, decidi levar o carro para o trabalho. Apenas porque naquele dia pensei que terminaria as minhas actividades mais cedo. E assim chegaria a casa num instante. E lá fui eu.

Quando cheguei à zona do costume tentei encontrar um lugar para o carro. Havia apenas um sítio quase numa curva, e que tinha um pilar que dificultava o parqueamento. Mas eu com as minhas habilidades resolvi o problema colocando o carro ligeiramente no passeio. Dei uma volta ao carro e pensei: ninguém porá o carro no outro lado da estrada, pois isso seria mesmo lixado e o meu carro apenas se encontra 10 ou 15 centímetros para fora da estrada em relação a todos os outros carros na minha linha de carros.

Cumpri o meu trabalho como de costume. No meio da formação, já da parte da tarde, recebi um telefonema que não pude atender. Quando terminei a formação, que afinal acabará apenas por volta das 20 horas, liguei para o número de telefone.

Do outro lado uma voz disse: "Julga que eu lhe quero comprar o carro meu cabrão???" e pronto... Mais uns elogios e cumprimentos. E que eu não estava a perceber nada. E que o meu carro tinha impedido o seu camião TIR de entrar na rua. E que era todos os dias assim. E eu a pedir desculpa. E ele tal e tal elogio. E que tinham chamado a polícia (que não tinha sido ele), mas que estavam muitos carros atrás a buzinar.

Ora lá fui eu ver se tinha carro ou não. E não tinha! E fui à esquadra e que tinha sido rebocado para o Restelo. Mas que o carro estava bem estacionado - disse eu. Mas tem de falar lá no sítio do reboque - disse o polícia. E apanhei o autocarro e lá fui eu. E lá estava ele.

50 euros do reboque, 10 do parque e mais 30 de multa. Multa do quê? - perguntei eu. De impedir a passagem a veículos pesados. Quê? Que raio de multa é essa? Mas pronto tome lá 90 euros. (já vos disse que estou a tentar vender o meu carro?).

E vim para casa a pensar que azar!!!

Parei o carro no sítio do costume. Com o meu número de telefone nas janelas para promover a venda. E vim para casa.

Dia seguinte, ontem, sábado:

Eu e a Fran saímos de casa para irmos tratar das nossas coisas e dirigimo-nos ao sítio do costume. E o carro? - perguntam vocês e bem - O carro tinha desaparecido.

Nada de carro. Liguei para a polícia e fui à bomba. Ninguém sabia de nada. Pensei com o número de telefone no vidro só pode ter sido roubado. E eu que até o preferia era mesmo vender.

Entretanto da Polícia dizem-me: o seu carro foi rebocado, está no parque do da Polícia ao lado do Colombo. Porquê? - perguntei eu. Não sei, terá de perguntar lá! - respondeu o senhor agente.

Claro que o carro estava lá. Claro que eram dois polícias, mas só um fazia atendimento. Claro que estavam 3 pessoas à minha frente e que cada um demorava pelo menos meia hora.

Mas prontos. Cheguei à minha vez. Ah e tal e coisa, mas o que é que aconteceu. O seu carro foi rebocado hoje às 10:30 da manhã por denúncia de estar a fazer publicidade à sua venda. - disse um dos dois senhores agentes que me atenderam. Mas eu nem tenho escrito vende nem nada! - expliquei. Mas não interessa. - respondeu - E deve ter sido alguém de algum "stander".

Pronto! E quanto tenho de pagar? - perguntei. São 120 euros, 50 do reboque, 1o do parque e 60 da multa da publicidade. O quê???? 60 euros???? (Mas já vos disse que quero vender o carro?)

E pronto: 210 euros em dois dias. Só de festa, e álcool e miúdas. Só coisas divertidas e boas. Ainda não fui ver se o carro estava lá hoje, mas espero que sim.

Dois dias, carro bem estacionado, condutor cumpridor e cuidadoso: 210 euros!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Carro bombástico para venda - Rápido que esgota!!!





Amigos, conhecidos e outros:

Estou a vender o meu Citroen Xsara 1.4 HDI Premier.

Este belo veículo vem equipado com:

- Ar Condicionado
- Fecho centralizado
- Vidros eléctricos dianteiros
- Comando à distância
- Jantes de liga leve
- Jantes anti roubo
- Alarme anti-roubo
- Pintura metalizada
- Pneus novos (menos de 1 mês)
- Dois donos
- 73.000 km
- a matrícula é de Junho de 2003


E tudo isto por apenas 10.500 euros.

É um carro muito bom, apenas me divorcio dele por ir recorrer aos transportes públicos e não precisar mais dele.

Para todos os que querem tê-lo nas suas mãos basta ligar para 96 622 08 08.

RÁPIDO ANTES QUE ESGOTE!!!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Lâmpada de Aladino ou Cuidado Com o Que Pedes

Há um ditado português que diz qualquer coisa do género: “Quando Deus nos quer castigar, dá-nos o que lhe pedimos.”, e a vida vai-nos provando o poder da sabedoria popular.

Por outro lado, numa das correntes mais populares da Lei da Atracção insiste-se para se pedir ao universo aquilo que se quer, como se fosse a lâmpada do Aladino, e sem nos preocupar-mos com os limites e quantidades do número de pedidos.

Ainda há poucos dias, num passeio turístico entrámos numa capela para a visitar, e como sempre acontece aproveitámos a oportunidade para fazer as nossas orações breves. Curiosamente para os mais preguiçosos as orações resumem-se a pedir: “Ajuda-me a arranjar um bom emprego”, “Por favor queria tanto um carro novo”, “Ajuda-me a acabar a tese rapidamente.”, e tantas outras variações de pedidos e necessidades do dia-a-dia.

Não é que estes pedidos, na pequena capela da Regaleira, tenham sido diferentes dos outros pedidos que se fazem em qualquer outro instante, mas talvez tenha sido o misticismo da Regaleira que aumentou o poder do pedido.

Este último pedido da tese concretizou-se: ontem recebemos uma carta onde dizia: “O prazo para entrega da dissertação das teses de mestrado é 31 de Outubro”. O desafio é que sempre tínhamos achado que era dia 30 de Novembro.

E assim, a dois meses, digo a um mês de terminar a tese perdemos um mês de possível trabalho.

Para os mais interessados nas questões da Lei da Atracção há uma parte do filme/livro que nos diz exactamente para sermos muito precisos no que pedimos. Precisos ao ponto de não ter surpresas. Nem boas, nem más.

Assim, para todos aqueles que querem acabar o seu mestrado recomendo que sempre que forem a uma capela, e em especial à Regaleira, que peçam com a seguinte estrutura frásica: “Por favor ajuda-me a ser super eficiente e competente, a escrever com qualidade, rigor e consistência, de forma a que não precise de utilizar todo o tempo que tenho para entregar a tese e poder acabá-la rapidamente.”


PS: Não assumimos qualquer responsabilidade pelo insucesso desta oração.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Filho Pródigo a Casa Retorna

Realmente não sou normal...

Escrevo quando estou feliz. Estou feliz.

Depois de meses de incertezas provocadas e provocadoras, bem como provocantes, sinto-me de novo a direccionar-me.

Um pouco mais velho, um pouco mais sábio.

Aprendi regras de ouro da vida. Que o pouco que temos pode ser sempre menos. Que aquilo que tememos volta sempre para nos assustar. Que aquilo que é importante para nós está sempre connosco.

Não vos quero chatear com trivialidades, mas queria que lessem isto porque a língua tem muita piada. A escrita e a de carne e osso. Serve para montes de coisas.

http://porta1175.blogspot.com/2007/05/gai-not-gay.html

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Todos sabemos

Todos sabemos, mesmo os que não sabem que sabem, qual é o sonho que nos comanda a vida.

A dificuldade é, por vezes, não ter medo, nem vergonha, nem culpa, de o vermos, e mais ainda de o aceitarmos. De sermos capazes de agir a seu favor, de caminhar em sua direcção.

Mas como o "sonho comanda a vida" esse poderá ser o segredo da felicidade. O sentido de propósito. O saber que seguimos na direcção daquilo que, apesar de verdadeiramente sermos, ainda não conseguimos alcançar.

Mas cada passo nesse sentido é uma vitória.

E pode até parecer duro, difícil. Que as coisas que acontecem nos enfurecem, nos entristecem, que são injustas ou amargas.

Mas tudo é nesse sentido. Nessa direcção. E se confiamos... Se confiamos esse caminho abre-se para nós. E o impossível passa só a ser díficil, e o difícil a fácil.

Força.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

VIVE

vive amor
vive a tua vida
completa
alegre
sem vergonha
sem culpa
sem dúvida
sem medo
sem preocupação
goza
diverte-te
usufrui

Viver é assim

terça-feira, 19 de junho de 2007

24 em DVD - quem ficou com ela?

Procuro com um certo afinco quem ficou com a minha série 24.

Dão-se recompensas variadas.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Sobre facilitismo

Diria que nem sempre podemos fazer o que queremos, mas podemos sempre fazer o melhor que podemos.
Diria que nem sempre gostamos do que nos acontece, mas podemos sempre aceitar o inevitável.
Diria que não podemos decidir o nosso futuro, mas podemos sempre olhar para o mesmo com alegria e antecipação.

--------------------

Sempre estive convicto de que somos os exclusivos responsáveis do que nos acontece. Do nosso presente. Diria que somos o resultado do que pensámos ser no nosso passado, e que amanhã seremos resultado do que pensamos e sentimos ser hoje.

No entanto, vamos aprendendo que esta regra, como todas as regras tem as suas limitações. Existem momentos em que o que sentimos e o que vivemos não nos permite (ou não nos permitimos) criar o espaço necessário para tomar a decisão do que queremos ser em consciência. Com a tal carga e intencionalidade criadora.

E apesar de resultar mal sermos o resultado apenas das nossas dores e desejos primários, básicos, controladores e possessivos, isso acontece muitas vezes no nosso dia a dia.

Por isso talvez o segredo seja criar um espaço fundamental para podermos criar-nos todos os dias, independentemente da dor, dos problemas, das preocupações, de tudo o que não controlamos conscientemente.

Como se fossemos uma obra de arte que vamos construindo pouco a pouco, com tempo, com carinho e com amor. Nesse processo activo criador.

Isso não é fácil. E pode até nem sempre resultar. Mas o fácil, nem sempre é bom; mas o bom é quase sempre fácil.

---------------------------------------------

Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado;
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco;
Há sempre alguém que nos faz falta;
Há saudade...

quinta-feira, 31 de maio de 2007

TOPLESS uma versão de Playback de Carlos Paião

Podes não saber surfar,
Nem sequer patinar
Com certeza que não vais embaraçar
Em topless, em topless, em topless!

Só precisas de tirar,
Não tem nada que enganar,
E, assim mesmo, sem sambar vais encantar
Em topless, em topless, em topless!

Põe a mini saia à frente,
Muito disfarçadamente,
Vai sorrindo, que é p'ra gente
Lá presente
Não corar!...

Em topless tu és alguém
Mesmo loira encantas bem...
Em topless,
A fazer topless
E viva o topless
Hás-de sempre encantar bem.
Em topless, surfar p'ra quê?
Quem não sabe também não vê...
Em topless,
A fazer topless
E viva o topless
Dá p'ra toda uma soirée!..

Abre a boca, fecha a boca
Não te enganes, não te esganes,
Vais Ter uma apoteose,
Põe-te em pose
P´ra agradar!...
Em topless é que tu és boa,
A abanar sem fugir da tona...
Em topless
A fazer topless
E viva o topless
Hás-de sempre encantar bem.
Com topless até pedem bis:
Mas decerto, dirás feliz...
Em topless
A fazer topless
E viva o topless
Agradeces e sorris

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Flete Flete Insiste

Há uns anos atrás, ainda andavamos na universidade e descobri que um colega meu produzia as antigas K7's com compilações musicais. Pedi-lhe que me fizesse uma e depois outra e ainda mais uma. Aquilo era mesmo bom!

Depois desapareceram as cassetes e o DJ Mouse entrou em baixa.

Agora com os PODCASTS voltou em alta.

Aconselho que o ouçam porque faz bem à tripa, seja à moda do porto ou não.

HAPPY SOUND

http://djmouse.mypodcast.com/

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Dj Mouse Sessions

Podcast recomendado de um grande felizardo.

Finalmente! É o que se pode dizer, o Dj Mouse arranjou maneira de publicar os seus sets online de maneira a que toda a gente os possa ouvir e até fazer download!
O tempo das míticas K7s já lá vai há muito tempo.......mas toda a gente ainda se lembra, se procurarem bem aí pelos carros ou armários ainda devem encontrar. Não deitem fora, mas podem guardar de vez e ouvir as novas compilações/sets/ podcasts que o Mouse vai publicar frequentemente na seguinte morada: http://djmouse.mypodcast.com/index.html

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Duas Boas Notícias a Dobrar

Unimagem ganha Baskin-Robbins e Quinta da Lagoalva



A Unimagem foi a agência de comunicação escolhida por adjudicação directa pelo Grupo Lagoalva que inclui, entre outros, os vinhos Quinta da Lagoalva e a marca de gelados Baskin–Robbins. Até aqui o Grupo não trabalhava com nenhuma agência de comunicação.

A Unimagem passa assim a gerir toda a comunicação do grupo que está dividido em três áreas: agrícola, onde estão incluídos os vinhos e azeite da Quinta da Lagoalva e a criação de cavalos lusitanos, equipamentos e serviços, onde se destacam os sistemas de rega e de mobilidade mínima, e a gestão da marca Baskin–Robbins.

A Unimagem reforçou ainda o departamento de assessoria de imprensa com a entrada de Bernardo Ramirez como consultor. Bernardo Ramirez foi gestor de duas sociedades ligadas à comunicação e relações públicas. Foi ainda responsável pelo departamento de comunicação do gabinete de investigação e projectos em sistemas de informação da Universidade Católica. O novo consultor da Unimagem é licenciado em Comunicação Social e Cultural pela Universidade Católica Portuguesa onde fez também uma pós-graduação em Comunicação e Novas Tecnologias.

Duas Boas Notícias Numa Só

Unimagem comunica Grupo Lagoalva


A Unimagem foi escolhida para ser a agência de comunicação do Grupo Lagoalva, empresa que comercializa, entre outros produtos, os vinhos Quinta da Lagoalva e a marca de gelados Baskin-Robbins. A agência de comunicação também anunciou a contratação de Bernardo Ramirez como consultor, para reforçar o departamento de assessoria de imprensa.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Venham mais cinco!

Convido todos para a festa mais feliz! A idade de Cristo celebra-se do Domingo a partir das 17. Chez moi. Tragam comes e bebes como de costume.

E venham mais cinco.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Abraços Completamente de Borla !!!

"Sabe a história antes de assistir o vídeo:

Há um ano atrás, Juan Mann era só um homem estranho que ficava parado na Pitt Street Mall em Sydney, Austrália, oferecendo abraços de graça para as pessoas que passavam pelas ruas. Certo dia, Mann ofereceu um abraço a Shimon Moore, o líder da banda Sick Puppies e, desde então tornaram-se bons amigos.

Certo dia Moore decidiu gravar Mann fazendo sua campanha por "Free Hugs. À medida que o Free Hugs atingiu proporções maiores, o conselho da cidade tentou banir a campanha .Então Mann e seus amigos fizeram uma petição com mais de 10.000 nomes apoiando a campanha do abraço de graça.

Quando a avó de Mann morreu, Moore decidiu mixar o vídeo que ele tinha feito do Free Hugs com a música All the Same, que ele havia gravado com a sua banda Sick Puppies.

Vale a pena conferir o vídeo.

Um filme que apresenta uma verdadeira história que inspira humanidade e esperança. Algumas vezes um abraço é tudo que precisamos. Free Hugs é uma história real, sobre um homem que acreditava que sua missão era “trazer alegria na vida das pessoas através de um abraço."

Note que o vídeo é em pb e só ganha cor após Juan Mann receber o seu primeiro abraço.

Um abraço para você!!!!!!!!!!"

Visite http://www.free-hugs.com/


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

AMIGOS DO MUNDO

Fico sempre surpreendido de ver de onde são os leitores do meu blog.

Por isso peço-vos um favor: façam um comentário só a dizer de onde são (cidade, país).

Parece-vos bem?

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Somos os CRIADORES da nossa VIDA

powered by .....***Sissi***.....

José Matos said...

Uma boa imagem captada pela Sissi, onde eu José Matos, fui apanhado pelo seu olhar. A minha e vossa amiga Sissi é uma boa companheira e boa fotógrafa, com uma galeria de admirar. Parabéns pelo vosso Blog

José Matos
www.olhares.com/josematos
www.reflexosonline.com/josematos

10 Fevereiro, 2007 19:35

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

O Segredo

What Is The Secret


Apesar de simples este é um bom segredo para se partilhar:
"Se querem alguma COISA (seja ela qual for), se é importante, se vos faz falta, se a desejam, para a conseguirem basta apenas começar por A PEDIR."

Daniela Santos said...

O segredo.... viste o filme?
Eu vi-o na empresa onde trabalho e, deixa-me dizer-te que, talvez pelo contexto em que me foi mostrado, soou-me um bocado a lavagem cerebral. No entanto, limando exageros de conteúdo, há muita coisa que se aproveita.

Btw, a Oprah fez um especial do "The Secret". Está diponível em http://www2.oprah.com/index.jhtml

bjs

09 Fevereiro, 2007 16:41

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Ainda sobre o referendo

Porque a pergunta é:
Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

Porque a pergunta pergunta se concordo.

Porque todos temos de escolher uma posição e participar em consciência.

Porque, acima de tudo, sou a favor da despenalização nas primeiras 10 semanas.

Eu voto sim.

sábado, 27 de janeiro de 2007

O que nos faz sorrir!



Nas últimas semanas tenho reflectido bastante sobre as escolhas profissionais que fazemos na vida. Primeiro, um almoço com a minha amiga RM levantou a eterna questão inicial: "Afinal porque não nos sentimos concretizados com o que fazemos na vida?". Esta questão não era nova, era velha, mas sempre permanente, e sem resposta ou solução (pelo menos que conseguisse vislumbrar no curto prazo).

Depois, noutro almoço com a amiga MF voltámos à questão: "Mas então trabalhamos para viver ou vivemos para trabalhar?" Falámos muito sobre escolhas, vontades, desejos, caprichos, sucessos ou insucessos. Já escrevi em tempo, que este é um problema da nossa geração. Esta dúvida sobre a nossa carreira, sobre quem somos, sobre o que queremos ser, o que nos faz feliz.

Mas ontem, surpreendentemente, num lanche com a RM (oh grande fonte de inspiração), ela perguntava com alguma simples profundidade: "Mas afinal dessas coisas todas já descobriste o que realmente te faz feliz? O que é que gostavas mesmo de fazer?"

Não lhe soube responder... Sei algumas coisas: "Pessoas, Natureza, Ajudar, Ensinar, Tecnologia, Espiritualidade" São tudo parte importante do que eu gostaria de fazer.

E vocês? Já pensaram nisto? O que afinal vos faz sorrir?

PS: Agradeço a todos os fotógrafos ou proprietários dos sites de onde copiei as fotos sem nenhuma espécie de autorização.


Icnêuma said...

A mim? Este excerto.

Ora lê:

"Nas aldeias antigas, as mulheres do campo
esperavam o princípio da tarde para correrem
no meio das searas, em busca de uma clareira
onde se pudessem despir, para que o sol,
descendo à terra, as pudesse possuir. O fogo
que nascia dos seus lábios pegava-se à erva,
e durante um instante toda a seara ardia,
sem fogo nem fumo, apenas com o desejo
que se soltava da sua boca, e ia apagar o sol,
nas tardes em que a noite caía mais cedo.

Espreitei essas mulheres quando voltavam
das searas, e nos seus olhos traziam um cansaço
de amor. Acompanhei-as às suas casas, e vi-as
deitarem-se contra a parede, olhando os seus
rostos no espelho que as velhas seguravam.
Tinham no rosto um princípio de melancolia;
mas diziam-me que a noite resolveria tudo,
quando a sua cabeça se enchesse de sonhos.
«Que queres daqui?» perguntavam-me. E eu
pedia-lhes que me guardassem a imagem
do espelho, em que a eternidade se dissipa,
como o seu sorriso no rescaldo do prazer"

Nuno Júdice @ 12:46

27 Janeiro, 2007 14:05


Daniela Santos said...

São tantas as coisas que me fazem sorrir, que às vezes até me pergunto como é possível ficar com uma "trombinha" de metro e meio!

Os fins de tarde na esplanada do Adamastor, no Verão, a ler graphic novels do Dave McKean, os jantares com os amigos que não se perdem, as memórias dos amores bem vividos...

PS - Co' a breca, estou a ficar viciada neste blog!

29 Janeiro, 2007 18:47


Bernardo said ...

A mim faz-me sorrir os vossos comentários. Obrigado

Anonymous said...

A mim fazes-me sorrir tu, meu querido amigo :-)
RM

06 Fevereiro, 2007 12:44

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A favor do não sei

A questão do próximo referendo tem levando inúmeras questões, tanto públicas, como privadas. A mim pessoalmente tem-me feito reflectir sobre o valor da vida humana, mas também sobre a sociedade, sobre a forma como se organiza e estrutura, e sobre a sua própria grelha de valores.

Se a minha opinião não é pertinente por si, a partilha no espaço público das nossas próprias reflexões tem o valor de poder promover e fomentar as reflexões dos outros.

Aqui discrimino os principais valores com que me oriento:

1 - Sempre a favor da vida

Sou sempre a favor da vida, da escolha de viver, do amor pela vida, pela paz, pela justiça, pela alegria e pela harmonia. Se o referendo fosse sobre o valor da vida humana em si responderia sempre que sim: acima de tudo a vida, primeiro a humana, mas também a animal, a vegetal, a mineral, a espiritual, a emocional e todas as formas e expressões de vida.

2 - Sempre a favor da liberdade de escolha

Sou sempre a favor da liberdade de escolha. Desconfio dos que querem moldar, determinar, orientar ou punir as escolhas dos outros, principalmente quando estas são do foro privado e íntimo, e ainda mais quando não têm repercussões directas na vida do meio social em que se integram.

Mas mesmo quando o têm, acho que a cada um cabe o direito de fazer as suas escolhas, sem limitações. Por muito doloroso que seja para o próximo, proibir será realmente ajudar o próximo? Educar?

3 - Sempre a favor da educação

Acho que perdemos o sentido do que é relevante nestas questões. Não é se o aborto deve ser livre ou não. Se o devem fazer com o seu próprio dinheiro ou pagos pelo estado. Não é se é moralmente correcto ou incorrecto. A pergunta que me é pertinente é: porque é que acontece?

Porque é que o aborto existe? Porque há pobreza, porque falta educação, porque falta solidariedade, porque falta esperança...

Acredito profundamente que são esses os males a combater, são nestas áreas que os investimentos devem ser feitos.

Se o dinheiro que se gasta em campanhas a favor do sim ou do não fosse investido em educação, talvez este problema se suprimisse mais rapidamente.

4 - Sempre a favor da informação

Acho que andamos a brincar ao gosto mais disto ou daquilo. Afinal este referendo trata do quê? Do aborto propriamente dito? Da sua despenalização? Qual é a legislação em vigor? Quantos abortos ilegais são feitos? E legais?

É fácil dizer sim ou dizer não. É difícil escolher em consciência. Este é o jogo dos media, da nossa sociedade. Agora vamos brincar aos prós e aos contras. Vamos ser contra ou a favor. Mas afinal o que está por trás desta questão?


5 - Sempre a favor da participação

Acredito que a decisão do aborto, a existir tem de ser participada. Ou seja, não basta apenas à mãe decidir que não o quer, que não o pode ter, acredito que o pai tem direito sobre esse ser também. Sobre a forma da sua vida futura e sobre o que irá acontecer.

Num acto participado pelos dois, são os dois que devem decidir e assumir as suas consequências.


6 - Sempre a favor do que virá

Independentemente do resultado do próximo dia 11, acredito que há processos irreversíveis, que a forma como a sociedade se regula não se coaduna com vontades, pareceres, decisões e determinismos. Podemos ser contra ou a favor, mas acho que a despenalização é irreversível, pelo menos do ponto de vista legal.

No entanto, também vos quero ouvir.

E tu? O que achas?

Cyberpunk said...

Olá! Parece que é preciso um tema destes para vir comentar no teu blog.

Uma questão, a propósito do ponto 5 (sobre a participação do pai e da decisão partilhada), neste cenário:

Num país em que o aborto é legal, a mãe pretende interromper a gravidez, mas o pai não. Achas que o direito de pai vai prevalecer sobre o direito da mulher? Não estou a ver um juiz a obrigar uma mulher a ter um filho só porque o pai quer...

24 Janeiro, 2007 18:40

Anonymous said...

Meu querido amigo,
Penso que pode haver uma confusão generalizada que dificulta a análise a este referendo...
Não se vai votar se se é a favor ou contra a vida.
Em princípio ninguém é a favor do aborto e todos são a favor da vida humana.
A questão é saber se queremos que quem o faz deve, ou não, ser condenada pela justiça?
Tanto os movimentos do não e do sim devem explicar porque acham que deve, ou não, condenar quem opta por abortar.
Um abraço
JV

25 Janeiro, 2007 12:19

Ana said...

Sem dúvida, sempre a favor da vida... sempre menos quando o que está em causa é o direito à autodeterminação sexual da mulher, como o legislador português já salvaguarda!

25 Janeiro, 2007 13:34


Bernardo said...

Começo por agradecer os vossos comentários, e dar-vos as boas vindas.

Em relação do aborto entre pais que divergem de opinião, não há, obviamente, respostas fáceis. Apenas considero que pode existir soluções consertadas. O pai pode assumir os encargos da mãe no período da gravidez e posteriormente ao nascimento. Sei que é violento forçar uma mulher a carregar uma criança que não quer por nove meses, mas também é violento ter a participação do pai para uma coisa, e ignorar a sua vontade em relação ao resultado da sua participação. Voto por uma maior consciência e soluções de compromisso.

"A questão é saber se queremos que quem o faz deve, ou não, ser condenada pela justiça?" Sim, claro - como também o disse sou a favor da liberdade de escolha, e não aceito que seja a sociedade a punir alguém por uma escolha pessoal e extremamente íntima. Temos direito de preservar a vida sobre qualquer custo?

"sempre menos quando o que está em causa é o direito à autodeterminação sexual da mulher" Sim também concordo - desde que essa autodeterminação seja consciente nos actos e nas consequências. Não concordo que só se exijam o respeito e liberdade nas escolhas das consequências dos actos, e não dos próprios actos.


Cyberpunk said...

"Voto por uma maior consciência e soluções de compromisso." - Pois, eu também. É uma frase bonita.

Mas na prática queres dizer o quê? És a favor ou contra a legalização da Interrupção Voluntária da Gravidez? (atenção que não estou a perguntar se és contra ou a favor do aborto)

26 Janeiro, 2007 14:25


Bernardo said...

Mulher pragmática esta Cyberpunk! Se a pergunta do referendo fosse: "É a favor da legalização da Interrupção Voluntária da Gravidez?", eu teria que responder SIM.


Le Franquet said...

No próximo dia 11 de Fev. vou votar Não.
Apesar de ser sensível a alguns argumentos do sim, sobretudo àqueles que enfatizam a injustiça de uma penalização que atinge inevitavelmente as mulheres mais desfavorecidas.
Contudo, creio que a despenalização visada por este referendo aponta para além dela, abrindo a porta à liberalização, desde logo assinalada na pergunta “(…) por vontade da mulher”.
Estou convencido de que ninguém pode decidir sobre a vida de outrem. E creio que a infindável discussão técnico-científica sobre o começo da vida perde sentido face a uma exclamação tão maravilhosa quanto misteriosa para um homem: “estou grávida!”

27 Janeiro, 2007 11:08


Bernardo said ...

Amigo Franquet, sem dúvida que essa exclamação é maravilhosa. Recordo aliás um dia, em que um casal amigo me disse assim: "Estamos grávidos!" Acho que esse tem de ser o princípio. O da inclusão do casal e da criança, ou crianças que irão nascer. No entanto, todos os dias ouvimos histórias de crianças maltratadas, abusadas, feridas, abandonadas. Futuros incertos e dolorosos. Que pesados em contra-posição a tristeza do aborto não consigo decidir em rigor qual é melhor.

Uma coisa é certa, a dor e a injustiça do mundo não se resolvem com os votos, ou com um referendo, mas com a acção constante e determinada de quem sabe fazer parte de um todo.

Icnêuma said...

«O acto sexual é para ter filhos» - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado num debate sobre a legalização do aborto.

A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de
Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares,
sem excepção, tendo os trabalhos parlamentares sido interrompidos por isso:

Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;

e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.

Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -

Uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

(Natália Correia - 3 de Abril de 1982)

27 Janeiro, 2007 11:28


Anonymous said...

Meu amigo franquet,
As únicas vezes que escrevi aqui foi sobre este tema e já parece que faço campanha. Nada disso. Apenas sinto necessidade de reforçar a ideia de que ninguém vai votar no dia 11 a favor ou contra o aborto.
É óbvio que ninguém é a favor.
O facto de um casal estar prestes a conceber uma criança é íntimo e sagrado, mas nada tem a ver com o referendo de dia 11.
Quem aborta, porque o tem de fazer, porque o quer fazer ou seja lá por que razão for, deve, ou não, ser acusada de crime?
É esta a pergunta ao qual vamos responder, sim ou não.
um abraço amigo
JV

29 Janeiro, 2007 21:06


Le Franquet said...

Amigo JV, permite-me discordar da tua última posição.

Conforme pode ser lido na pergunta, não é somente sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez que nos vamos pronunciar no próximo dia 11 de Fev. Para além disso vamos também pronunciar-nos sobre a possibilidade de essa interrupção poder realizar-se por opção da mulher. Isto quer dizer que bastará à mulher (a mãe) dizer “eu quero” ou “porque sim”. Assim sendo, para além da despenalização vamos votar também a sua liberalização.

«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?»


Creio que há qualquer coisa de egoísta no facto de somente os que já nasceram poderem pronunciar-se sobre os que ainda não nasceram mas já estão a caminho…

30 Janeiro, 2007 10:45

Anonymous said...

Caro Le Franquet,
Em relação ao teu comentário queria dizer que me parece bastante redutor e até cruel acreditar que as mulheres, porque o aborto vai ser despenalizado passam a fazer abortos apenas porque sim.
A parte que te incomoda, o "por opção da mulher" apesar de escrito de uma forma simples não quer dizer que é "porque bem lhe apetece". Acho difícil acreditar que alguém faz um aborto “porque bem lhe apetece”.
Não me parece que essa opção seja fácil ou simples NUNCA. A escolha de que falas, que te parece egoísta já é uma realidade. É uma opção que já existe contudo em moldes muito elitistas e hipócritas (quem tem dinheiro faz lá fora, quem não tem sujeita-se a condições graves). Mas seja em que moldes for, legal ou ilegalmente, com dinheiro numa clínica no estrangeiro ou a correr risco de vida NUNCA É FACIL NEM LEVIANA - nem se o aborto for despenalizado.
A dificuldade em ter de se optar por fazer um aborto não está, como deves calcular, no facto de abortar ser ou não um crime – aliás as questões legais devem ser o que menos preocupa uma mulher que se vê confrontada com o desespero de abortar.
O mais importante é dar a essas mulheres uma oportunidade para serem ouvidas e apoiadas.
Chama-me sonhadora se quiseres mas se calhar, se as coisas forem feitas em condições, sem ser às escondidas no meio do pânico e desespero, se calhar até é possível evitar alguns abortos. Se a interrupção voluntária da gravidez for uma escolha acompanhada por médicos capazes e sensíveis, que percebam o desespero da mulher e que lhes mostrem todas as opções existentes – se calhar algumas pensam melhor… e optam por ter o bebe.
Será que quando uma mulher se sujeita a um aborto clandestino, sozinha e em desespero há alguém que lhe fala, com calma e amor, sem julgar, nas possibilidades existentes? Será que há alguém que lhe diz: “Não tenhas medo, vai correr tudo bem.” - Eu acredito que se houvesse se calhar não se realizavam tantos abortos.
Eu sou contra o Aborto. Eu sou contra a hipocrisia. Dia 11 eu vou votar Sim.
RM

05 Fevereiro, 2007 15:59


Le Franquet said...

Caríssima RM,


Lamento se não me fiz entender. Vou procurar ser mais explícito.

Voto Não porque considero que ninguém tem o direito de decidir sobre a vida e a morte de um outro. Esta a posição de princípio. Reconheço que suscita muitas perplexidades e que, levada às últimas consequências, gera problemas difíceis de resolver. Para além disso, reconheço que é uma posição que arranca de um postulado inicial, também ele sujeito a muitas interrogações: o facto de considerar que o outro é uma pessoa, em potência é certo, mas uma pessoa, totalmente diferente da coisa.

Este postulado inicial pode ser discutível, aliás, é-o certamente. Mas convém lembrar que também a argumentação do sim arranca de postulados e pressuposições discutíveis.

Aqueles que consideram que votar sim, despenalizar nestas condições, é evitar um mal maior, mesmo sem o admitirem explicitamente, consideram que até às 10 semanas o nascituro é uma coisa e não uma pessoa ou uma vida humana, razão pela qual, perante um conflito de interesses e de direitos, defendem a posição da mulher, daquele ser que já nasceu.

Assim sendo, não posso concordar com aqueles que dizem que o que está em questão no referendo é, simplesmente, saber se queremos ou não que a mulher que aborta, naquelas condições e circunstâncias, deve ou não ser considerada criminosa. Essa é a questão, mas não há questão alguma que não tenha pressupostos. E nada poderemos discutir em profundidade se não discutirmos os pressupostos e postulados das questões que nos interrogam, dividem e, neste caso, embaraçam.

08 Fevereiro, 2007 16:09

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Acervo Histórico de Obras Online - Toca a promover!!!

Amigos descobri um acervo fantástico de obras integrais na internet. É da responsabilidade do governo brasileiro (grande ideia!).

Por falta de visitantes vai ser desactivado, por isso toca a promover por toda a gente que conhecem. Se quiserem poupar trabalho basta carreguem no botão com imagem do email (que se encontra no fim do post) para enviarem este post para o mundo inteiro! Obrigado

O portal Domínio Público tem por missão:

"Uma biblioteca digital é onde o passado encontra o presente e cria o futuro."
Dr. Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam
Presidente da Índia - 09/set/2003

O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral.

Este portal constitui-se em um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal.

Desta forma, também pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura, assim como, possa aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da democracia no Brasil.

Adicionalmente, o "Portal Domínio Público", ao disponibilizar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e seus usuários, ao mesmo tempo em que também pretende induzir uma ampla discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais - de modo que a "preservação de certos direitos incentive outros usos" -, e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.

TARSO GENRO
Ministro de Estado da Educação

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Oh tempo volta para trás, dá-me tudo o que perdi!

Ultimamente tenho andado a reflectir sobre o crescimento, sobre a forma como vamos crescendo e mudando com o tempo. Acho que para nós é sempre mais difícil perceber que já não somos crianças, adolescentes ou jovens. Mas como em tudo na vida, quando temos um ponto de referência, que nos permite comparar, então compreendemos que afinal as coisas mudam mais depressa do que pensamos, e que o jovem que pensavamos ser é afinal um adulto em comparação com os outros comprovadamente jovens.

A minha irmã, com os seus 21 anos, serviu-me de referência. Ela é que é jovem adulta, ela é que percebe e se comunica com a linguagem "deles".

Sem ilusões Bernardo! Já és adulto, nada há a fazer. Podes ter alma de criança, mas tens de te assumir, és um adulto. Tens responsabilidades, vida e conhecimento de adulto.

Por isso transcrevi para vocês um "poema" que já foi musicalizado e que acho resume de forma inteligente estas questões. Em particular:

"Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you'll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders."

"Aceita algumas verdades inalteráveis, os preços vão subir, os políticos vão falhar e tu também vais envelhecer, e quando isso acontecer vais fantasiar que, quando eras novo, os preços eram razoáveis, os políticos eram nobres e as crianças respeitavam os mais velhos."



Everybody's Free
(to wear sunscreen)
Mary Schmich
Chicago Tribune

Ladies and Gentlemen of the class of '97... wear sunscreen.

If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be IT.

The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience.

I will dispense this advice now.

Enjoy the power and beauty of your youth. Never mind. You will not understand the power and beauty of your youth until they have faded. But trust me, in 20 years you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked.

You are NOT as fat as you imagine.

Don't worry about the future; or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday.

Do one thing every day that scares you.

Sing.

Don't be reckless with other people's hearts, don't put up with people who are reckless with yours.

Floss.

Don't waste your time on jealousy; sometimes you're ahead, sometimes you're behind. The race is long, and in the end, it's only with yourself.

Remember compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how.

Keep your old love letters, throw away your old bank statements.

Stretch.

Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don't.

Get plenty of calcium.

Be kind to your knees, you'll miss them when they're gone.

Maybe you'll marry, maybe you won't, maybe you'll have children, maybe you won't, maybe you'll divorce at 40, maybe you'll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary. Whatever you do, don't congratulate yourself too much or berate yourself, either. Your choices are half chance, so are everybody else's. Enjoy your body, use it every way you can. Don't be afraid of it, or what other people think of it, it's the greatest instrument you'll ever own.

Dance. Even if you have nowhere to do it but in your own living room.

Read the directions, even if you don't follow them.

Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.

Get to know your parents, you never know when they'll be gone for good.

Be nice to your siblings; they are your best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.

Understand that friends come and go, but for the precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography in lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young.

Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft.

Travel.

Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you'll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders.

Respect your elders.

Don't expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you'll have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out.

Don't mess too much with your hair, or by the time you're 40, it will look 85.

Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it's worth.

But trust me on the sunscreen.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Todos















Somos todos juntos...

Somos um mundo melhor...

Somos alegria...

Somos amor...

Somos esperança...

Somos, todos juntos, um mundo melhor!

foto by: .....***Sissi***.....