sábado, 31 de dezembro de 2005

As mamas da vizinha são sempre mais bonitas que as minhas?

Existe uma fixação existencial dos homens em relação ao peito das mulheres. Algo que não pode ser definido nem explicado em palavras, mas que todos os homens sentem.

A maior diferença é que uns disfarçam melhor que os outros, olham menos, comentam menos, pensam menos, mas a necessidade ou o desejo são idênticos.

Poder-se-ia dizer que tinha a ver com o facto de sermos alimentados, quando recém nascidos, através dessas admiráveis formas; que são elas que nos constróem e nos dão forma.

Num livro sobre a relação homem-mulher, uma investigadora dizia que era a única altura onde verdadeiramente o homem tinha a posição absolutamente passiva, e a mulher a activa.

E apesar de isso fazer, em minha opinião, todo o sentido, os homens que não tiverem ou o direito, ou a oportunidade, continuam fixados por esse pedaço de pele, cheio de tecido adiposo a que comummente denominamos mamas.

Não nos quero absolver da nossa responsabilidade, como namorados, comprometidos, maridos, pais de família, e até avós. Mas só quero explicar que é algo genético. Algo inexplicável e instintivo.

Quase como que uma necessidade de coleccionismo catalogante. Precisamos de olhar para elas, de “lhes tirar as medidas”. De as ir juntando a nossa lista de “mamas visionadas”. Ou com roupa, ou sem roupa. E a verdade é que tão depressa como surgem, depressa partem. (Nem todas, claro). Mas a necessidade, o desejo caprichoso, esses continuam.

E não querida, não é por as tuas não serem as mais bonitas, é só porque nascemos todos assim. Por isso querida, não, as mamas da vizinha não são mais bonitas que as tuas!

sábado, 24 de dezembro de 2005

Ode ao Senhor Vasco ou “Olhe, podia fazer-me um favor? Podia dizer-me que horas são? Obrigado e Bom Natal!

(Já há muito tempo que penso escrever sobre o Senhor Vasco. Sobre a sua pessoa e a forma como se relaciona com o mundo. Agora, chegado o Natal achei que seria apropriado fazer a ponte entre as dois coisas e por isso aqui vai este presente de Natal)

Desde que vim morar para a minha nova casa, há cerca de três anos, conheci o Sr. Vasco. O Sr. Vasco mora numa casa com ar abandonado, mesmo na rua em frente à minha. A casa dele é muito velha e bonita. Tem um portão verde, tem muitos gatos, tem janelas com ar partido e tem, mais importante que tudo, uma grande varanda com vista para a rua. Esta varanda é coberta de uma planta a qual não sei o nome, mas que na primavera está cheia de flores avermelhadas, que no verão dá sombra e que agora já dentro do Inverno, se encontra despida de flores e folhas.

Esta varanda é particularmente importante porque imagino que tal como eu, toda a gente, ou quase toda a gente, conheça o Sr. Vasco através da varanda.

O Sr. Vasco é um senhor já idoso, com cerca de 80 anos, com um farto bigode, um cabelo grisalho sempre coberto com um boné, e uns óculos de massa também espessos.

Até aqui nada de particularmente singular sobre o Sr. Vasco, mas na realidade ele tem algumas características únicas. A primeira vez que o encontrei na sua varanda estava a caminhar distraído para o meu carro e ouço de repente: “Tá-me a ouvir aí em baixo? Se faz favor?”. Ao que eu respondi: “Sim, claro, bom dia.”. Ao que ele disse: “Olhe, podia fazer-me um favor? Podia dizer-me que horas são?”. Ao que eu lhe respondi dizendo as horas e ele devolveu-me um “Obrigado”.

“Ok” pensei eu, se calhar não consegue ver as horas por causa dos óculos. Que velhinho bem educado e simpático. Mas aí ocorreu a surpresa. Dez segundos depois de me perguntar, já estava a fazer a mesma pergunta à pessoa a seguir. Aliás, como vim a descobrir depois, ele “ataca” quase todas as pessoas que passam pela rua, nem que venham seguidas umas atrás das outras, e obviamente quando está á varanda.

Vim também a descobrir outra coisa. A outra pergunta típica era: “Olhe, posso pedir-lhe um favor? O portão tá aberto?”. Claro que nunca o vi aberto. Aliás quase nunca vi ninguém entrar ou sair da dita casa. “Olhe – continuava o Sr. Vasco – se alguma vez vir o portão aberto, feche-o, por favor!”

Claro que eu percebia com mais facilidade esta segunda questão. Porque apesar de ainda não ter explicado, o Sr. Vasco mora ao lado de uma escola secundária. E os miúdos imagino eu, não lhe ligam nenhuma, e podem até com aquela malandrice típica da adolescência preparar-lhe algumas partidas, pelo que ele se sentiria seguro em ter o portão fechado.

Desde esse momento fantástico eu fui acompanhando o Sr. Vasco, desde a janela da minha casa, pela surpresa que me causava, e pela curiosidade em ver a reacção das pessoas.

Numa primeira fase, ainda presumi que o Sr. Vasco podia já não estar a funcionar bem com a cabeça dele. Que tivesse memória curta, que tivesse uma doença qualquer que o fizesse repetir muitas e muitas vezes o mesmo padrão. Mas não é nada disso.

Descobri que ele sabe efectivamente as horas. Mais do que uma vez assisti aos miúdos da escola a darem-lhe horas completamente fora da realidade. “São 120 para as 35.” Ou então “São 3 da manhã”. E para minha surpresa o Sr. Vasco reagia com a energia possível “Mal educados! – gritava ele – gozar com um senhor de idade não tá certo.”

E passados 10 segundos lá estava ele a repetir a mesma pergunta.

Também descobri que existem momentos que lhe eram favoritos: a ida e vinda das pessoas para uma igreja da vizinhança. Para celebrar a eucaristia. Eram sempre alvos perfeitos, talvez por deverem ter um coração cristão e por isso encherem-se de paciência para lhe dizer as horas.

Ou então, com menos sucesso, as horas de entrada e saída da escola. Em que os miúdos não reagiam tão bem. Julgo que para os miúdos a pressão social seja muita e por isso responder ao “velho maluco” faria deles vítimas de gozação da escola e por isso reservavam-se ao silêncio.

Aliás, o Sr. Vasco tem um método delicioso para os que não ouvem, ou fingem não ouvir. Junta as duas mãos na boca e grita: “Está a ouvir-me? Aí em baixo consegue ouvir-me?”.

E grita tão alto que até as pessoas do meu prédio por vezes aparecem na janela com surpresa.

Claro que quando não o ouvem ou fingem não ouvir, o Sr. Vasco também não se aborrece porque deve respeitar a surdez e saber que se não lhe ligam, o melhor será deixá-los ir.

Por outro lado, as velhinhas do meu prédio fartam-se de queixar do Sr. Vasco. Se calhar porque vêm nele a sua própria velhice. Ou então, porque realmente quando ele começa pode ser cansativo ouvi-lo sempre a dizer o mesmo.

Alguns meses para dentro deste fascínio pelo Sr. Vasco comecei a encetar conversas com ele. Dizia-lhe bom dia. Perguntava-lhe como tinha passado. E ele adorava. Claro que tinha também outra frases predefinidas. Perguntava-me se ele me conhecia. Ao que eu respondia que sim. E ele dizia-me então. “Sempre que me vir diga-me Olá Sr. Vasco, eu sou o Bernardo o seu vizinho que moro naquele prédio ali.”

E eu dizia. E ele nunca se lembrou. Pelo menos na cabeça. Porque nos olhos acredito que sim. Há algo que me reconhece tal como há algo em mim que o reconhece a ele.

Ainda mais o Sr. Vasco aparece na varanda a qualquer hora, do dia pelo menos. E já muitas vezes o vi de pijama perto das 8 da manhã a perguntar as horas, sem robe nem nada, ao frio. Sempre lhe tentei dizer que deveria ir para dentro para não apanhar frio. Mas depois conclui que lhe estava a dizer para deixar de fazer o que gosta. E se aos oitenta e tantos anos estava na varanda de pijama é porque se calhar é á prova de constipação.

Sinceramente tenho um fascínio pelo Sr. Vasco. Pela forma como vive. Pelo mistério da casa onde vive, onde nunca vi luz de noite. Por estar sempre sozinho e me perguntar quem o ajuda, como come, como se veste, etc.

E mais ainda porque passei muito tempo a pensar no ritual das horas. No ritual das perguntas. E acho que depois do que se passou nos últimos dias já cheguei a umas conclusões.

O Sr. Vasco agora, depois de esclarecido sobre as horas, incorpora a seguir ao Obrigado, um Feliz Natal, ou umas Boas Festas no seu discurso. E fá-lo com tamanha alegria e convicção que confesso que me comovo.

Agora tenho a certeza, não somos ninguém sem o outro. Vivemos num mundo onde a pessoa há nossa frente, ou mesmo na nossa rua, representa uma alteridade necessária ao ser. E o Sr. Vasco é a prova viva disso. Aliás acho que as horas não importam nada. Foi a forma que encontrou de conseguir sempre que alguém lhe responda. Que olhe para ele. Que lhe dirija a palavra. Não digo isto com pena ou tristeza dele, pelo contrário, acho que encontrou uma forma muito inteligente de conseguir interagir com as pessoas, com o mundo à sua volta.

Claro que umas vezes com mais e outras com menos sucesso. Aliás fico sempre surpreendido quando as pessoas não lhe respondem ou são mal educadas com ele. Porque dizer as horas, mesmo que não se queira dizer mais nada, são apenas instantes da nossa vida. Mas são horas da vida dele.

Não sei como será a minha terceira idade. Melhor ou pior não interessa. Mas na terceira idade do Sr. Vasco sobrou o essencial, a necessidade de carinho, a necessidade do outro, a necessidade de atenção.

E eu fico aqui a pensar quantas pessoas na nossa vida, nos perguntam as horas apenas por necessitarem de algo que não sabem explicar. E por quantas passamos sem parar, e ás vezes sem responder.

O Sr. Vasco representa para mim os outros todos que tantas vezes precisam de algo, que há primeira vista não se vê, mas que ao olhar com atenção se torna claro. Ele representa a minha procura pelo outro, por compreensão, por partilha.

Não somos ninguém sozinhos. Somos parte constante e fundamental desta relação de diversidade e multiplicidade. Somos melhores juntos. Acho que é isso que o Sr. Vasco me mostra.

E já agora, podiam fazer-me um favor, se me conseguem ouvir daí, e dizer-me as horas?

Natal by Couve


Para quem achou o presépio engraçado as imagens foram retiradas daqui http://br.criancas.yahoo.net/recorte_cole/presepio/

Estas imagens podem ser impressas a partir deste site e as crianças podem montar um presépio a partir delas com algumas tintas e algumas colagens.

Esperamos que gostem :D

domingo, 18 de dezembro de 2005

Desafios Pré-Natal

Ontem, enquanto me encaminhava de carro para Lisboa lembrei-me de uma coisa muito simples que vos queria deixar e que me electriza o pensamento com regularidade.

O que custa não é saber o que precisamos de fazer na nossa vida para sermos felizes. O que custa é termos a força, a vontade e a determinação para o fazer.

(desenvolvimentos para breve sobre este mesmo tema)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

A sequência dos acontecimentos

Hoje, no almoço com um amigo querido, fui confrontado com um tema a que tenho particular interesse: a forma como os acontecimentos da nossa vida se interligam e relacionam.

Estivemos a falar um pouco sobre isso e achei que valia deixar aqui a informação só a título de curiosidade para ver o que acham suas excelências.

Acontecimentos, intervenientes e decisão:

A - Fim de semana no Alentejo, proposto por AC, aceite por BR, MA, JP e AC.

B – Nesse fim de semana, hipótese de ir à festa do Avante, proposta por BR e MA, aceite por BR, MA e JP.

C - Na festa do Avante, vontade impulsiva de ir à barraca da Madeira jantar, por parte de BR, aceite por BR, MA e JP.

D – AR que estava com a família tem vontade impulsiva de ir à barraca da Madeira Jantar.

E – AR e JP encontram-se pela primeira vez em muitos anos.

F – AR e JP começam a sair.

Etc… etc… etc… (Isto é uma versão obviamente simplificada dos acontecimentos ocorridos)

Podia ficar aqui prolongadamente a dissertar sobre cada uma das escolhas e ocorrências. No facto de que um sim ou um não poderiam ter mudado tudo. No entanto, acho que daqui posso tirar duas conclusões: a primeira é que o que acontece tem mesmo que acontecer, porque numa miríade de possibilidades é isto que acontece e que poderia não acontecer; em segundo, que realmente há alguém ou algo com sentido de humor lá em cima, que nos aproxima ou afasta das coisas.


Esta coisa de se viver é bem divertida.

Bebés e as Mulheres

De forma sucinta. Mais extraordinário, curioso e interessante do que ver um recém nascido é ver como as mulheres se comportam em torno dele.

Alguém quer comentar?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Bem Vindo

Querido André, sê muito bem vindo ao nosso mundo. Se calhar este não é o melhor mundo que poderia existir.

Mas não te preocupes. Há tanta coisa bonita. Há tanto amor. Há tanto carinho. Há tantos amigos para nos darem a mão, para percorrerem este caminho contigo.

A vida é uma jornada maravilhosa e dou-te as boas vindas.

Quero também percorrê-la contigo!

Blues Café



Para os mais curisos nos trabalhos da Couve Consultores vejam como está o novo logotípo do Blues Café, situado à vista de todos :D

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

Sim?!?

Julgo que, tal como eu, a maioria das pessoas passa algum tempo da sua vida a procurar entender ou dar sentido à sua vida. Obviamente que, dentro desse sentido, procuramos encontrar formas mais eficientes de dar respostas aos acontecimentos da nossa vida.

Se calhar é importante, antes de prosseguir, explicar a forma como acredito que podemos e devemos interagir com a vida que nos rodeia. Acho que somos solicitados a responder a uma série de perguntas constantemente. E mais que as iniciativas que tomamos, é a forma como respondemos a essas questões que determina o nosso futuro.

É claro que essas questões podem não vir em formato de perguntas, ou de dúvidas existenciais. Podem ser coisas simples tipo voltar à direita ou à esquerda, ir ou não à praia, comer peixe ou carne.

Se calhar posso exagerar um pouco, e já me foi diagnosticada uma mente hiperactiva. Mas apesar disso, como referi no início, é natural que procuremos encontrar mecanismos ou modelos que nos ajudem a facilitar essa necessidade regular de decisão. Aliás, em grande parte das vezes, para a grande maioria de nós, essas decisões não são conscientes, mas sim automáticas e imediatas.

Já não sei concretamente como me surgiu a ideia, mas desde há algum tempo, quando sinto que tenho de tomar uma decisão, para a qual não tenho uma resposta certa, que não me sinto na capacidade de responder sem dúvida, fecho os olhos, olho para dentro de mim (não sei explicar muito bem para onde) e espero que me apareça um "sim" ou um "não".

Depois sem me preocupar com o porquê, ou melhor, tentando não me preocupar com o porquê, sigo aquele ecrã luminoso que me aparece na mente, ou na alma. "Sim" umas vezes, "não" outras tantas, mas normalmente sempre bem situadas em relação à pergunta colocada e claras para mim.

[Para os mais cépticos nunca fiz uma estatística do resultado dessas decisões, nem sei o que teria acontecido se tivesse decidido o contrário. Por isso vou à confiança. Fé chamar-lhe-ão alguns.]

Mas toda esta descrição serve apenas para vos enquadrar n o que me anda a acontecer há algumas semanas, e que se tornou particularmente interessante pelo modo como aconteceu. Num dos momentos de dúvidas, sem saber explicar bem porquê, a pergunta era: "Se deveria fazer algo num dia ou noutro?". Normalmente o que aconteceria nessa altura era alterar a pergunta para um estilo em que um "sim" ou um "não" fossem suficientes. Mas nesse dia não me lembrei. Esperei a resposta e ela surgiu na forma de um: "Sim".

E eu: "Há boa, que bom! ... Pera, quer dizer que "sim isto" ou que "sim aquilo"?". Rapidamente reformulei a pergunta e o ecrã luminoso deu: "Sim". Para ter a certeza da resposta, como já algumas vezes tinha feito, inverti a pergunta para que a resposta certa, a confiar no "Sim" de há pouco fosse um "Não". E, no entanto, o que apareceu foi um: "Sim".

Fiquei um pouco baralhado, mas não me preocupei. No entanto, a partir desse dia, sempre que fecho os olhos vejo o tal "SIM" a brilhar cá dentro.

Não sei bem o que significa, mas confesso que fico satisfeito. Parece um sim de afirmação. Um sim de descoberta. Um sim de vida. Um sim, sem mais, nem menos.

E as decisões. Essas o melhor é não me preocupar... De certo encontrei as respostas necessárias nas alturas certas.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Já somos 1000


Quando comecei a fazer este blog, logo desde os primeiros posts, um dos meus amigos perguntava-me: "Qual a razão para teres criado este blog? Já pensaste nisso? Para que serve?"

Na altura não me apeteceu estar a fazer uma análise sobre a razão de ser de um blog: porque escrevemos, porque o tornamos público, e porque escolhemos os conteúdos que escolhemos.

Fui só avançando com o meu blog, escrevendo alguns textos mais personalizados, usando por vezes o humor para alegrar o espírito, discutindo temas sociais, mais ou menos interessantes. No fundo dando movimento e alimento a este projecto com a força típica daqueles projectos que, quando começam, nos viciam, nos deliciam, nos enchem de esperança e de sonhos.

Mas acho que agora que já passaram mais de 1000 visitas pelo meu blogzito chegou a altura de vos oferecer a minha reflexão sobre a razão de ser deste “Bom Tempo no Canal”.

Um blog, na minha opinião, seja público ou privado, serve dois propósitos: a vontade de escrever, e a vontade de se ser lido. Não se pode negar a força do ego. Se realmente não quiséssemos que nos lessem, que descobrissem o que escrevemos, então usávamos o word e guardávamos os documentos numa pastinha chamada "Confissões de um pré-adulto ou um pós-adolescente".

Se vimos aqui à Internet, procurar um espaço, dar-lhe forma e preenchê-lo è porque necessitamos dessa atenção. Porque a procuramos. E por isso, caríssimo leitor, é importante para mim, que me leia, que me comente, que me dê a sua opinião.

No entanto, para além dessas razões comuns a todos os que usam e escrevem para um blog, tenho as minhas razões próprias, que são também interligadas com a forma deste recurso tecnológico.

Acho que tenho algo a dizer, uma opinião e um sentido sobre as coisas, que foge, por vezes mais, por vezes menos, da visão geral e comum que a sociedade tem sobre esses mesmos temas. E no fundo gosto de questionar, de levantar dúvidas, que me ajudem a pensar, e que também ajudem os outros. Julgo que esse é o maior desafio do meu blog e das coisas que escrevo. Ser capaz de vos tocar, de vos fazer sentir e pensar. Procurar encontrar outras coisas que vão para lá do evidente, ou que me ajudem a ver para além do que fui capaz.

O blog não é propriamente um espaço de diálogo de minorias, ou de criativos, de indivíduos ou organizações. Um blog é um espaço de expressão quase plástica daquilo que somos e representamos.

Nesse sentido este blog também é muito "eu". Coisas melhores, coisas piores, silêncios e expressões. Milhares de momentos diferentes que me caracterizam como pessoa complexa e diversificada que sou.

E por isso convido-vos, como tantas vezes o fiz, a olharem para este espaço, para estes textos e deixarem aqui a vossa marca. A vossa esperança, a vossa alegria, a vossa dúvida são-me valiosas. Não somos nada sem os outros.

"If life gives you rags, make quilts", mas na realidade, muitas vezes são os outros, esse mundo maravilhoso que nos rodeia, que nos dá o fio e a agulha para cozer esses trapos.

Obrigado e já agora FELIZ NATAL!

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Sobre faltas e professores

Desculpem a distância, mas ainda estou em processo de reajuste profissional.

Em relação ao artigo das faltas dos professores, tenho de dizer que o que mais me choca é um dos responsáveis sindicais dizer que "são apenas 5%".

São apenas?!?!?!? Que tal se o seu salário fosse 5% menor? O que aconteceria se lhe tirassem 5% de todos os seus bens? E se tudo aumentasse apenas 5%?

Cinco por cento depende de muitas coisas, mas acho que para a educação, para o ensino, para a nossa vida cinco por cento não é apenas...

A culpa não é necessária atribuir, nem acuso os professores das faltas que dão. Mas cinco por cento a menos na educação é muitos por cento.

Pensem nisso...

Professores faltaram a 7,5 milhões de aulas - in DN


Resultados de 85% das escolas no ano lectivo de 2004/2005. Total rondará os 9 milhões

Luís Miguel Viana

Arquivo DN-Rodrigo Cabrita

'Furos'. Cada aluno dos ensinos básico e secundário teve no anterior ano lectivo três horas de aulas por semana sem professor
No ano lectivo 2004/2005, os professores do ensino pré-escolar, básico e secundário faltaram a entre 7,5 e 9 milhões de horas de aula. Este número, a que o DN teve acesso, corresponde ao total apurado até ontem pelo GIASE (gabinete de estatística com competências delega- das pelo INE que funciona no Ministério da Educação) e corresponde a cerca de 85% do total das escolas nacionais do ensino básico e secundário, abrangendo para já 103 159 professores e um total de 80,6 milhões de aulas previstas. Números apurados na véspera dos docentes fazerem greve nacional às aulas.

O número de professores escrutinado até ontem tinha faltado exactamente a 7 489 891 tempos lectivos (45 minutos nos 2.º e 3.º ciclos e secundário, 60 minutos na educação pré-escolar e 1.º ciclo). Ou seja 9,3% do total de aulas previstas, sendo que a percentagem de faltas é maior no 2.º ciclo e menor no 3.º ciclo e secundário (ver tabela).

Extrapolando esse valor para os 124 697 professores que tiveram turmas atribuídas no ano lectivo em causa (num total de 96,6 milhões de aulas previstas), o número de horas de aulas efectivamente não dadas aproximar-se-á dos 8,9 milhões. Para já, apenas foram examinados os registos informáticos de 93% das escolas do pré-escolar, 94% do 1.º ciclo, 80% do 2.º ciclo e 78% do 3.º ciclo e secundário.

Como a maioria dos alunos tem os seus dias de aulas compostos, em média, por seis tempos lectivos (à excepção do ensino básico, onde recebem aulas durante cinco horas), estes número revelam que, em média, cada aluno teve três "furos" por semana. E que cada escola - também em média - teve de reorganizar na sua gestão corrente 10% das horas de aulas que lhe cabia ministrar.

80% usou férias. As faltas são marcadas não por dias mas por tempos lectivos, sendo que por cada quatro é contabilizado um dia de falta. A maioria dos professores tem de ministrar em média, antes de atingir metade da carreira, quatro tempos lectivos por dia (180 minutos). Quanto aos mais velhos, esse número diminui para uma média de três tempos lectivos (135 minutos por dia). Daqui resulta uma média de 147 minutos diários.

Segundo os dados que o GIASE apurou até à data, 80% dos professores socorreram-se da possibilidade legal de utilizar faltas por dias de férias, quer do próprio ano, quer do ano seguinte. Já 50% justificou faltas por doença, enquanto 15% o fez por razões que se prendem com assistência à família. Em paralelo, mais de 20% justificou as suas faltas com assistência a menores, um regime paralelo.

Quanto a os outros regimes disponíveis - e são 67 - foram utilizados por 80% dos professores com a assiduidade verificada até agora. Registe-se que 6% do total de professores nunca faltaram no ano lectivo 2004-2005 e que há largas dezenas de milhares que faltaram muito menos do que 10% às aulas que lhes cabia ministrar. Tudo le-va a crer, portanto, que haja escolas em que o problema seja mais grave.

reacção. Para o secretário-geral da Federação Nacional de Professores, Paulo Sucena, "os números em bruto significam menos que os motivos que levaram os professores a faltar". E, segundo o responsável, "são dadas 150 milhões de aulas por ano". Por isso, "7,5 a 9 milhões representam apenas 5% das aulas, e o que deve ser valorizado é a percentagem de 95% de aulas dadas". Além disso, "algumas dessas faltas aconteceram porque houve greve, por casamento, parto, operações ou acções de formação", diz.

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

ACORDEM





-> CLIQUE AQUI








Desde quinta-feira já está no ar o espaço virtual da empresa mais verde de esperança e azul de comunicadora da zona de Lisboa :D (ou pelo menos, para lá caminha)

quinta-feira, 27 de outubro de 2005

ERA INVEJA

No Brasil, três coisas são indiscutivelmente democráticas. A praia, que debaixo de um sol junta madame e funkeira trajadas no mesmo uniforme. O futebol, que une o ladrão e o padre numa imensa fraternidade. E o trânsito, que bota o Zé do Chevette e João do Jaguar lado a lado, paralisados pela mesma encrenca. Das três brasilidades, o futebol é a que mais me intriga.

Tenho um namorado que ama a bola. É uma pessoa cheia de virtudes, mas, se há uma constância em seu caráter, esta é a impontualidade. Não consegue chegar na hora, o mundo o atrapalha, a menos é claro no caso do futebol. Não falo aqui daquele jogo no estádio com hora oficial para começar, refiro-me à pelada, ao racha, àquele bate-bola entre amigos, que no caso aqui de casa acontece três vezes por semana. O campo é longe, uma viagem, o sol a pino - não importa. Dia do compromisso logo cedo o moço fica ansioso, não pode atrasar e não há imprevisto que o segure. Nesses dias meu amor é um britânico!

Sábado desses resolvi acompanhá-lo. Os companheiros de partida, esbeltos desportistas, não gostaram nadinha, mas, gentis, fizeram que sim. Aquilo não é lugar de mulher, eu já devia saber. Para compensar o mal-estar, começa o jogo e eu bato muita palma, exagero o entusiasmo, assovio e tanto faço que o dono do campo a quem eu bajulava escancaradamente sentiu-se na obrigação de me dedicar um gol. Segue o embate com altos e baixos, a coisa aquece e pimba... um golaço, aquele chutão do meio do campo para dentro da rede à Roberto Carlos. As más-línguas desmerecendo o artilheiro dizem que o momento é histórico e não se repetirá - não acredito, foi jogada de mestre; vi e guardarei na memória. Continua a partida com bons momentos, outros nem tanto, uma contusão aqui, uma falta ali, um corpo caído no chão.

De repente me bate uma estranheza e vou percebendo que acima da bola, das jogadas, do corre para lá e para cá, o que mais se via, na verdade, eram discussões, ofensas, xingamentos e uma roubalheira de fazer corar um palmito. A coisa chegou a um ponto em que tive a certeza de que terminado aquilo os adversários não voltariam a se falar. Acaba o jogo. Entre vitórias e desilusões, corre-se para o vestiário e devo dizer que nem na feira fala-se tão alto e ao mesmo tempo quanto num banheiro cheio de homens; eu não estava dentro, mas nem precisava...

Fiquei quietinha do lado de fora esperando meu namorado, que, pela delonga, tomava um banho de Cleópatra. Assim, pude observar bem os outros rapazes que sorridentes e limpinhos iam saindo do vestiário qual amigos de infância. Aqueles mesmos que há pouco se juravam de morte agora pavoneavam-se uns para os outros aos tapinhas nas costas. Havia ali cantores-compositores, um sapateiro, o editor de um jornal, um empresário da música, atores, um jogador aposentado, dois médicos e alguns moços das redondezas empobrecidas cuja competência em campo desequilibrara o jogo -tudo adversário de sangue na hora da bola e amigo do peito na saída para o chope. Na pelada não há rancores, o que se passa em campo fica no campo. Nem pudores, ali são todos craques - o vírus da imodéstia ataca democraticamente. Uma beleza!

Fui-me embora com um vazio a futucar o espírito. O que nós, mulheres, temos de parecido, o shopping, o salão? Nem chegam perto. Não pode xingar, espernear, soltar os sapos da garganta - além do que, num noutro, o máximo de exercício que se faz é com a língua na futrica da vida alheia ? muito chato. Não havia como negar, o brinquedo dos rapazes é divertido como só, e meu vazio era de inveja.

Nós, mulheres, não temos nada que se compare!

* Maitê Proença

Obrigado RL

Gosto de Ovos


Obrigado IL

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Mudar de Vida by Humanos

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens...que ser assim?...

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Mudança de Hora - Serviço Público de Bloguismo

Relógios atrasam uma hora no próximo domingo. Na madrugada do próximo domingo, dia 30 de Outubro, termina o horário de Verão. Os relógios deverão ser atrasados uma hora (às 03:00 serão 02:00), em cumprimento da directiva comunitária que rege a denominada Mudança de Hora e que afecta todos os Estados-membros da UE.

A mudança de hora começou a generalizar-se, embora de forma desigual, a partir de 1974, quando se produziu a primeira crise do petróleo e alguns países decidiram adiantar os seus relógios para poder aproveitar melhor a luz do sol e consumir assim menos electricidade em iluminação.

A Mudança de Hora é aplicada como directiva desde 1981 e tem vindo a ser renovada sucessivamente em cada quatro anos.

Questão

Será que no oposto da crítica ao próximo está o amor próprio exacerbado?

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Mudanças

Amigos, não é falta de criatividade, ou de informação de qualidade. Esta será a minha última semana de trabalho no sítio onde passei os últimos dez anos da minha vida, e, como devem calcular, há muitas coisas para fazer.

Desejem-me o melhor!

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

A mulher

O Talmud é um livro onde se encontram condensados todos os depoimentos,ditados e frases pronunciadas pelos Rabinos através dos tempos.

Tem um que termina assim:"Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas.A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual....debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada".

Obrigado HR

Mistério

Sonho acordado quase todo(s) o dia.
Sonho por algo novo, algo melhor.
Algo que não encontro quando procuro.
Algo que só vejo quando não procuro.
Algo que habita dentro de mim.
Sonho acordado em crescer mais.
Em não temer a responsabilidade.
Em ter vontade de trabalhar com dedicação e empenho.
De ser maior.
Tenho medo: de viver, de falhar, de me acobardar.
Tenho medo de não saber amar.
De não perceber o que é o amor.
De não poder amar.
Sonho com um mundo melhor, para mim, para todos.
Um mundo com mais alegria, com mais concretização, com mais verdade.
Sei que sou capaz, que somos capazes, que temos a força da mudança em nós.
Uma mudança silenciosa, sentida, inteira.
Uma mudança que não se quer, que não se vê, que não se sabe.
Mas que está sempre pronta, sempre presente.
Sonho comigo maior e melhor.
Sonho e acordo todos os dias.
A vida é um caminho, uma jornada que percorro todos os dias.

Autor anónimo

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Diário do dia 9 de Outubro:)

8h00 - Abrem as urnas
8h01 - Santana Lopes vota vindo directamente da noite
8h15 - Soares acorda e não sabe que dia é.
8h16 - Soares vai à casa de banho e perde-se no corredor
8h30 - Sócrates vota e comenta para o "amigo" que hoje vai ser um grande dia
8h32 - Maria Barroso descobre Soares na cozinha e leva-o para a cama
8h45 - Carrilho acorda e telefona à Barbara para se juntarem para irem votar
9h00 - Zezinha entra na missa antes de ir votar
9h35 - Santana Lopes deita-se
11h00 - É colocado um banco à frente da mesa de voto nº 2 da secção de voto 54.
11h01 - Marques Mendes vota na mesa 2 da secção 54.
11h02 - É retirado o banco
11h30 - Jerónimo de Sousa chega à sede do PCP onde começa a ouvir cassetes de tempos antigos e músicas revolucionárias
11h45 - Louça fuma o segundo charro do dia e já se está a borrifar para os resultados
12h00 - Soares consegue finalmente se levantar e veste-se para ir votar
12h05 - Maria Barroso volta a vestir Soares depois de lhe virar as calças para o direito
12h30 - Soares Junior vota e telefona ao pai a pedir ajuda
13h00 - Seara vai votar aproveitando o intervalo do jogo da manha na sport tv
13h00 - Soares chega ao local de voto
13h05 - Soares adormece na fila para votar
13h06 - Soares acorda e não sabe onde está
13h10 - Soares vota mas não sabe onde pos a cruzinha
13h15 - A caminho de casa Maria Barroso vê uma cruz desenhada na mão de Soares
15h00 - Carrilho vota mas não cumprimenta o presidente da mesa
15h30 - Carmona vota e mostra-se confiante perante os outros dois candidatos homens e as duas mulheres.
15h31 - Sá Fernandes vota e re-afirma-se homem
15h32 - Ruben de Carvalho mostra com orgulho a sua masculinidade num voto poderoso
15h33 - Zezinha sai da missa e vai votar e diz não conhecer nenhum Carmona
15h34 - Carrilho não se pronuncia e fecha-se no quarto a brincar com uma Barbie já antiga
17h00 - Louça vota e manda uma marrada na porta de tão charrado que está. Embora com aparato no impacto o incidente é levado a rir.
17h15 - Soares adormece
19h00 - Carmona ganha Lisboa
19h01 - Seara arrasa em Sintra
19h02 - Rio esmaga no Porto
19h30 - Soares acorda e telefona ao filho a dar-lhe os parabens
19h31 - Maria Barroso mete Soares na cama e pede-lhe para dormir
20h00 - Carrilho discursa não assumindo a derrota e acusando Carmona de ser mau
20h30 - Socrates esconde-se numa sala no largo do Rato e faz beicinho
20h45 - Jorge Coelho culpa a direita fascista
21h30 - Mudam as pilhas ao Jeronimo de Sousa
21h31 - Jeronimo de Sousa faz um discurso de vitória e exulta frases de 1917
22h00 - Carmona abre uma gafarra de whisky mas esconde-a de Sá Fernandes e de Miguel Portas
22h30 - Avelino Ferreira Torres foge para o Marco mas como não conhece a cidade perde-se e acaba aos pontapés aos caixotes do lixo
22h45 - Em Gondomar o Major explode com a vitória e quer bater em tudo e todos
23h00 - Fátima Felgueiras distribui pelouros por alguns presos e mete uma muda de roupa num saco azul em caso de ter de sair, só cabe uma muda de roupa pq o saco está cheio
23h10 - Soares acorda e comemora a vitória como Presidente. Maria Barroso mete-o na cama e dá-lhe dois comprimidos
23h15 - Barbara manda Carrilho para a cama sem jantar e tira-lhe o Ken durante uma semana por castigo
23h30 - João Soares chora em Sintra e prepara candidatura a uma Junta na margem sul
00h00 - Zezinha é eleita e comemora com um chá e umas torradas
00h01 - Soares adormece sem perceber o que aconteceu
00h02 - Santana Lopes acorda e vai para a noite

Obrigado IL

CSI Portugal














Obrigado RL

UPGRADE DE NAMORADO 5.0 PARA MARIDO 1.0

Caro Apoio Técnico,

No ano passado fiz um upgrade do NAMORADO 5.0 para o MARIDO 1.0, (ou seja: casei!!!) e notei uma redução significativa de performance, principalmente nas aplicações FLORES e JÓIAS, que operavam sem falhas no NAMORADO 5.0.

Além disso, o MARIDO 1.0 desinstalou outros programas importantes como ROMANCE 9.5 e ATENÇÃO AO QUE EU DIGO 6.5 e instalou aplicações indesejáveis como JOGO DE FUTEBOL 5.0.

Também não tenho conseguido rodar o programa CONVERSAÇÃO 8.0 e o AJUDAR EM CASA 2.5: o sistema simplesmente entra em crash.

Tentei fazer correr o RECLAMAÇÕES 5.3 para corrigir esses bugs e não consegui nada. O que faço?

Ass.: Utilizadora desesperada.
____________________________

RESPOSTA DO APOIO TÉCNICO

Cara Utilizadora desesperada,

Primeiramente, tenha em mente que o NAMORADO 5.0 é um pacote gratuito, de entretenimento, enquanto MARIDO 1.0 é um sistema operacional.

Comece fazendo o download de Lágrimas 6.2 e depois digite o comando C:/EU PENSEI QUE VOCÊ ME AMAVA para instalar o SENTIMENTO DE CULPA 3.0. Essa operação actualiza automaticamente as aplicações FLORES 3.5 e JÓIAS 2.0.

Mas lembre-se que o uso em excesso desses aplicações no Marido 1.0 pode activar alguns programas indesejáveis como SILÊNCIO TOTAL 6.1, IR VER O FUTEBOL COM OS AMIGOS 7.0, que invariavelmente instala o CERVEJA 6.1.

Este último é terrível, pois cria arquivos tipo WAV da versão RESSONANDO ALTO 2.5.

De qualquer forma, NUNCA instale SOGRA 1.0 ou reinstale qualquer versão de NAMORADO. Estas aplicações são incompatíveis e vão bloquear o MARIDO 1.0.

Em resumo, MARIDO 1.0 é um óptimo sistema, mas ele tem limitações de memória e demora a correr certas aplicações. Para o perfeito funcionamento do sistema, sugerimos que a senhora adquira alguns programas adicionais. Recomendamos:

JANTAR ROMÂNTICO 3.0, LINGERIE 6.9 e KAMASUTRA 3.1!!!

Muito cuidado: Algumas clientes instalam o FILHO 1.0 para tentar dar estabilidade ao sistema e muitas vezes isso causa alguns efeitos contrários, sendo necessário, antes, uma verificação total no sistema para garantir espaço no disco e, principalmente, ter um SWAP adequado no MONEY 3.0.
Boa Sorte.

Atenciosamente.

Apoio Técnico

Obrigado AB

O Mais Curto Conto de Fadas de Todos os Tempos

Era uma vez um rapaz que perguntou a uma rapariga:

-Queres casar comigo?

Ela respondeu:

-NÂO!

E o rapaz viveu feliz para sempre, caçou, foi à pesca, teve sempre tempo para ver os jogos na Sport TV, bebeu a cerveja que aguentou, e voltou para casa sempre à hora que lhe apeteceu……....

FIM

Obrigado TS

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

2 Milhões de Pobres em Portugal

Por mais de uma vez já ouvi a notícia que, em Portugal, existem mais de dois milhões de pobres e que cerca de 20% dos mais ricos, possuem tanto como a metade dos mais pobres.

Só quem não conhece minimamente um Portugal menos urbano e litoral é que pode ter dificuldade em entender estes valores.

A realidade com que me deparo com regularidade é uma que garante esses mesmos valores.

Tenho uma pequena casa com um terreno perto de Coimbra que era dos meus avós. Desde que faleceram a terra foi ficando cada vez mais abandonada. Estivemos cerca de dez anos a tentar arranjar alguém que quisesse trabalhar o terreno, tomar conta dele e da mesma forma conseguir produzir bens para consumir ou para vender.

Nunca conseguimos. O melhor foi um homem que só bebia. Aliás quase todos bebem e bebem e bebem. A senhora que nos limpava a casa está no hospital com hepatite (depois descobrimos que tinha bebido grande parte da garrafeira centenária do meu avô). A mãe do rapaz com quem brincava, para além de esquelética, é alcoolatra também. O homem que trabalhava no nosso terreno e tantos outros: alcoolatras.

Pergunto-me como, no meio de tanta miséria, ainda há dinheiro para vinho e cerveja, e como continuam a preferir os mesmos ao trabalho e à possibilidade de recuperação...

Diria que se tornaram subsídio dependentes, de dinheiro mais fácil, que não custa e que lhes permite custear os vícios em troca da produção ou do trabalho. É extraordinário o quão baixo se consegue descer, e suportar. Não é só a falta de dinheiro mas a falta de alegria, falta de vontade, falta de motivação. Preferem a miséria ao amor próprio e ao trabalho.

Vivemos uma crise profunda e precisamos de agir para mudar já!

quinta-feira, 13 de outubro de 2005

Pérola Autárquica III

PS e PSD querem alterar lei eleitoral
PSD e PS pretendem alterar a lei eleitoral de maneira a impedir a eleição de pessoas a contas com a Justiça, como aconteceu nestas autárquicas em Gondomar, Felgueiras e Oeiras.

( 20:06 / 12 de Outubro 05 )


No parlamento, Miguel Macedo, secretário-geral do PSD, salientou que é necessário repensar «de forma profunda mas sem pressas e sem precipitações, a lei eleitoral no que respeita à inelegibilidade dos candidatos autárquicos, em particular dos que não cumprem obrigações com a justiça»

Miguel Macedo, sublinhou que «terminar com as listas de cidadãos independentes, nem pensar». «Reformar o regime das inelegibilidades é o caminho de aperfeiçoamento legislativo que se impõe», defendeu.

Na mesma linha, o líder parlamentar do PS Alberto Martins, considerou que «não faz sentido, a partir de alguns casos mediáticos de candidatos a contas com a Justiça, pôr em causa esta importante reforma do sistema político».

Para o deputado socialista, a solução passa por equacionar «um mais apertado regime de inelegibilidades e impedimentos no desempenho de cargos políticos».

«Essa é outra questão a que deve ser dada resposta, adequada e tempestiva», defendeu.


in TSF, 12 de Outubro de 2005

Pérola Autárquica II

Obrigado IL

Pérola Autárquica I


Obrigado TS, autor desconhecido

terça-feira, 11 de outubro de 2005

More Bush

Rumsfeld is giving the President his daily briefing.
He says, "Yesterday, 3 Brazilian soldiers were killed."
"OH NO!" the President exclaims. "That's terrible!"
His staff sits stunned at this display of emotion, nervously watching as the President sits with his head in his hands.
Finally, Bush looks up and asks, "How many is a brazillion?"

Thanks IL

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Ainda sobre as autárquicas

Não quero ser chato, mas ainda ando às voltas na cabeça com a razão que leva os eleitores a escolherem alguém que é indiciado pela prática de crimes contra a câmara municipal onde é presidente.

Claro que podemos evocar a popularidade, a obra feita, o carisma ou o charme. Podemos dizer que eles melhoram a qualidade de vida das pessoas dos seus concelhos. Que garantiram melhorias a nível do emprego, da saúde, da educação.

Não está em causa a sua qualidade como autarcas, mas a suspeita que sobre eles recai.

Acho que o problema aqui é também da própria forma portuguesa de ser. «Se ele "roubar" ao estado, para ajudar a gente, ainda melhor!!!», «Esses tipos do governo são todos uns corruptos, merecem que fiquemos com o dinheiro deles» e por aí em diante.

No entanto, amigos a regra matemática é simples: Cidadão -> Dinheiro -> Estado Estado->Autarquias->Cidadão

Se estão a tirar do estado, estão a tirar do vosso próprio bolso. Se estão a desviar de dinheiro da autarquia também vos estão a tirar. Veja como se vir é sempre mau, é sempre negativo para o bem estar das pessoas que elegeram esses autarcas.

Mas não quero vos cansar. E uma vez mais digo que não quero acusar ninguém indevidamente.

Mas pergunto-vos isto: Poriam os vossos filhos nas mãos de um alegado pedófilo? Poriam os vossos pais e avós num carro conduzido por um alegado alcoólatra? Deixariam dinheiro vosso em cima da mesa de casa de um alegado ladrão? Iriam procurar tratamento a um médico alegadamente negligente?

Então porque votam, com tanta franqueza num candidato indiciado de práticas ilegais? Talvez porque o tema não vos afecte? Estão enganados, afecta-nos a todos.

Viva as Micro Causas

Viva as Micro Causas

Obrigado MSS

Sobre a Vida - About Life

Trusting people is good - knowing they can perform is better

Thanks LH

Em Caso de Emergência (ECE) - Serviço Público de Bloguismo

Em Caso de Emergência (ECE) Os Bombeiros Voluntários de Albufeira criaram um sistema original de apoio às vítimas em caso de acidente, o qual já está a ser adoptado por outras Corporações do País. Os Bombeiros recorrem ao telemóvel da própria vítima para conseguir identificá-la. Assim, qualquer um de nós pode ajudar o trabalho dos Bombeiros, utilizando um meio muito simples: ECE é a sigla de: Em Caso Emergência. Se acrescentarmos: ECE à lista de contactos do nosso telemóvel, e lhe atribuirmos o numero da pessoa que, Em Caso Emergência, deve ser contactada, não só poupamos imenso tempo aos Bombeiros, como colocamos os nossos familiares a par da nossa situação imediatamente. Os Bombeiros de Albufeira - e com divulgação, todos os outros - sabem o que significa ECE, e, Em Caso de Emergência procuram de imediato esse nome nos contactos do telemóvel da vítima. Adicione ECE à sua lista de contactos! Por favor passe esta informação.

http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=1244

Obrigado IL

Eleições Autárquicas

Ontem, quando deram os resultados das eleições, eu e um amigo meu entrámos em estado de choque. Tinha uma máquina à mão e fotografei o amigo.














Obrigado RL pela foto de autoria desconhecida

Observatório de tarifários do serviço telefónico móvel (STM) - Serviço Público de Bloguismo

Se querem descobrir mais sobre os tarifários dos telemóveis de forma imparcial visitem:

http://www.anacom.pt/template30.jsp?categoryId=60307

Para fazer um teste qual será o melhor para vocês http://www.anacom.pt/tarifarios/calc_perfis.jsp

sábado, 8 de outubro de 2005

Às duas da manhã, numa sexta, no Miradouro do Adamastor

Ele: "Olhando à volta, sinto cada vez o mundo mais estranho..."
Ela: "Mas porquê?"
Ele: "Se tens de perguntar é porque não sentes!"

Métrica

"O que para uns é a gosto, para outros pode ser desgosto."
por Bernardo Ramirez

"O olhar não é inocente, quando vemos alguma coisa já a vemos instruidos pela palavra, cultivados pela cultura.
A palavra veicula a cultura.
No sentido mais lato, a palavra seria o corpo do espírito, e cultura é a produção espiritual que pede boleia à palavra para circular."
por Le Franquet

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

Está explicado o problema


In Sábado Magazine
Obrigado a uma das minhas fornecedoras de conteúdos preferida

Modelo de Cartas em Cadeia - Ferramenta Útil

Para todos o que realmente sofrem com que vem escrito e passam estas cartas por solidariedade, envio-vos uma ferramenta que chegou por email de uma amiga (com autoria desconhecida).
-------------------------------------------------------------------------------------------

Cria a tua própria corrente. Usa as setinhas em cada caixa para escolher o que precisas de divulgar.

Por favor, agora é sério!!! é uma pobre menina que mora em . Ela tem , uma doença , que ainda não tem cura. Eu sou do dela. Infelizmente nós não temos dinheiro, pois .

Mas um amigo nosso, , disse-nos que a empresa em que ele trabalha, a estaria a doar para cada que encaminhasse este e-mail para .

Por favor, ajudem-nos! Desta vez é sério! Encaminha este e-mail para o maior número de pessoas que puderes!


Ficaremos muito agradecidos!

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

"TMN - Até Já" - Não era preciso levar as coisas tão à letra

Para os mais distraídos e menos informados a TMN mudou a sua imagem. Agora tem um logótipo novo, uma imagem mais moderna e "gostando da vida como ela é" passaram a ter um slogan que diz "ate já". Inicialmente quando o ouvi pensei, sim senhora, tá bem pensado. Mas agora que sofri o “até já” na pele já não estou tão satisfeito. Também não era preciso exagerar! Desde 6ª Feira já liguei para o Apoio TMN cerca de dez vezes. Tive uma hora na loja. Deram-me duas vezes informações completamente opostas. Desactivaram-me um número sem aviso prévio. Obrigaram-me a carregar o telemóvel para activar uma coisa que tinha direito sem carregamento. E sempre, sempre, sempre com um "até já". Amigos da TMN, também não era preciso levar as coisas tão à letra!

Ainda há génios na ciência

Económico, eficiente, competente e empenhado. Oferece-se exame gratuito.

Obrigado RL pelo email (fotógrafo ou intérprete desconhecidos)

Entre o Amor e a Paixão

Ontem, na minha insónia, dei mais uma vista de olhos ao filme Captain Corelli's Mandolin. Há uma parte onde um pai explica à filha (e também personagem principal Penelope Cruz) a diferença entre paixão e amor. Vale a pena ler:

"
When you fall in love, it is a temporary madness. It erupts like an earthquake, and then it subsides. And when it subsides, you have to make a decision. You have to work out whether your roots are become so entwined together that it is inconceivable that you should ever part.
Because this is what love is.
Love is not breathlessness, it is not excitement, it is not the desire to mate every second of the day. It is not lying awake at night imagining that he is kissing every part of your body.
No... don't blush. I am telling you some truths.
For that is just being in love; which any of us can convince ourselves we are. Love itself is what is left over, when being in love has burned away. Doesn't sound very exciting, does it? But it is!"


sexta-feira, 30 de setembro de 2005

Joaozinha's Special

DANÇAR NA CORDA BAMBA
Letra: Carlos Tê

A vida é como uma corda
De tristeza e alegria
Que saltamos a correr
Pé em baixo, pé em cima
Até morrer
Não convém esticá-la
Nem que fique muito solta
Bamba é a conta certa
Como dança de ida e volta
Que mantém a via aberta
Dançar na corda bamba
Não é techno, não é samba
É a dança do ter e não ter
É a dança da Corda Bamba
Salta agora pelo amor
Ele dá o paladar
Mesmo que a tua sorte
Seja a de um perdedor
Nunca deixes de saltar
Se saltares muito alto
Não tenhas medo de cair (baby)
De ficar infeliz
Feliz a cem por cento
Só mesmo um pateta feliz
Dançar na Corda Bamba
Não é techno, não é samba
É a dança do ter e não ter
É a dança da Corda Bamba

Pedido da Criança Dentro de Nós

Fui contactado por variadas crianças interiores de diversas pessoas. Estas pedem para não as matarem, nem por desleixo, nem por omissão, nem com intenção propositada.

Dizem que fazem muita falta ao nosso ser, e eu concordo com elas.

Fim do(a) B.LEZA ?!?! - Repórter "Quase" Sempre em Pé


Segundo fontes jornalísticas bem colocadas nos meios culturais (tipo ao colo e assim) está previsto o fim do B.Leza. Segundo soubemos a Casa Pia de Lisboa quer o espaço de volta.

[a Casa Pia anda a abusar... anda, anda... se calhar não lhe chegam os sarilhos em que já estão]

Quem nunca dançou um "cu duro", quem nunca se sentou naqueles corredores estreitos, sentou-se nas mesas pequenas ou apreciou uma cerveja gelada? Quem é que nunca convidou uma desconhecida para um "funána"?

Independentemente das razões aquele espaço é único. Carrega consigo uma identidade luso-africana que não se encontra em muitos lugares. É um dos pontos de síntese entre essas duas culturas irmãs.

Não podemos deixar que isto continue assim, que silenciosamente alterem os nossos espaços. Vamos revoltarmo-nos!!! Vamos dizer sim ao B. Leza!!!

Todos os que querem continuar a lá ir digam SIMMMMMMMMMMMMMM

PS: Para todos os que queiram ou não. Se carregarem no pequeno envelope a baixo do artigo podem enviar para todos os vossos amigos este grito de revolta!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Desenrascanço

A palavra "saudade" não é a única a não ter TRADUÇÃO noutras línguas...
Ora leiam o que se diz do nosso "Desenrascanço":
From : Wikipedia, the free encyclopedia
Desenrascanço (impossible translation into English): is a Portuguese word used to describe the capacity to improvise in the most extraordinary situations possible, against all odds, resulting in a hypothetical good-enough solution.
Portuguese people believe it to be one of the most valued virtues of theirs.


Obrigado pelo email RG. Não sei quem é o autor, mas agradeço...

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Proposta para os jornalistas

Caros colegas, não propriamente de profissão, e se calhar nem de formação, mas como agora está na moda, caros colegas.

Ando bastante desanimado com a qualidade do jornalismo a que assistimos quotidianamente. Não quero apontar dedos, nem dizer que é tudo mau. Mas quem lê, vê e ouve, sabe que a qualidade não anda propriamente a dominar os meios de comunicação social portugueses.

Depois de alguma reflexão venho fazer-vos duas propostas de trabalho específicas que acredito possam solucionar parcialmente o problema.

Primeiro: Com tanto “diz que disse”, “aldrabão é o senhor”, “isso não é verdade” e outras afirmações que tais, acho que seria interessante tentar esclarecer algumas das questões. Apesar de o ser-se jornalista não ser semelhante a ser-se uma força de autoridade e/ou judicial, seria muito interessante tentar chegar a alguns esclarecimentos.

Quando um político diz: “Tenho aqui um documento que prova...” que alguém se desse ao trabalho de olhar para o documento, e confirmar, ao máximo das suas capacidades, a veracidade do que está lá escrito.

Porque nós, do lado de cá, ou acreditamos ou não, avaliar a veracidade não conseguimos. (Por isso talvez, nestes dias de pós catástrofes várias, valha mais o que parece do que o que é.)

Agora imaginem um debate, em que um diz “sim” e o outro diz “não”, o moderador dissesse “segundo a investigação que desenvolvemos temos de afirmar que o Dr. XXX está correcto no ponto x e o Dr. YYY no ponto y.”

Claro que isso implicaria uma responsabilidade acrescida aos meios de comunicação. Bem mais difícil do que dar tempo de antena a pessoas sensacionalistas e pouco sérias. Claro que aí os jornalistas teriam de defender as suas posições de forma séria e fundamentada. Mas estou certo que o público apreciaria.

Segundo: A outra ideia também poderia revolucionar os meios, até criar novas fontes de informação, que julgo, seriam inovadoras a nível mundial. Criar o Observatório das Promessas.

Todos os dias existiria uma equipa que, do que surgia nos documentos oficiais, ou nos discursos públicos, recolhia apenas os compromissos e as promessas. Depois sempre que a promessa tivesse na data, nas quantidades ou medidas certas, fariam uma validação da concretização da mesma.

Exemplo: “Prometo arranjar as casas todas deste bairro até ao final do mandato!”

Depois era só esperar pelo fim do mandato, saber quantas casas existiam, quantas tinham sido arranjadas, e destas quanto efectivamente satisfariam os moradores.

Isto tinha dois efeitos fabulosos, em primeiro lugar, as figuras públicas teriam de pensar bem antes de começar a fazer afirmações a torto e a direito. Em segundo, as pessoas consumiriam com regularidade esses meios de comunicação para se informarem do quoficiente de aldrabice e exagero de cada figura pública.

Que tal?

Sobre Comentários

Opiniões variadas, controversas, bem dispostas e abundantes procuram-se!

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Ser e Parecer

Há que fazer para parecer,
mas parecer também ajuda a fazer...

E será que tentar saber é muito diferente de se parecer que se sabe?

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

"Eu sou de ninguém"

"Eu sou de todo o mundo
E todo o mundo é meu também"

(Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte - TRIBALISTAS - 2002)

Alegria e Amor - 2x2

Ai que bom!

"É Preciso Ter Calma"

A comodidade é boa, mas a coragem é melhor.
A vida que se conquista é boa, mas o futuro é melhor.
Ter calma é bom, mas não se deixar abater é melhor.

Ode aos Amigos

A questão associada a quem são os nossos verdadeiros amigos é uma dúvida comum a todos os seres humanos. No período da adolescência, ou da pré-adolescência, essa questão tem uma dimensão maior. "Este é o meu melhor amigo", "Aquela é uma grande amiga"; sentimos a necessidade de arrumar e organizar os nossos sentimentos, definir uma ordem de prioridades.

Agora, um pouco mais velhos as questões são outras. Lembro-me bem de um cartoon que dizia: "Um amigo pode não ser capaz de te puxar para cima, mas faz tudo para não te deixar cair." Hoje já não sei bem se assim é.

Sinto no coração que ajudar a não cair poderá não ser a solução melhor. Até porque a maioria de nós só aprende quando bate com a cabeça, e se não deixamos isso acontecer, então não deixamos as pessoas crescerem. Claro que esta regra não é infalível. Aliás, na vida não há regras, há experiências.

Apesar disso tenho uma certeza, numa verdadeira amizade não há tempo. Pode ser amanhã ou daqui a mil anos, quando nos voltamos a encontrar sentimos o mesmo, a mesma proximidade, o mesmo calor no coração.

No entanto, acho que nos nossos dias as amizades são postas à prova de modo diferente. Achamos que os amigos têm de nos apoiar, e tem de nos entender, que nos dar bons conselhos e nunca nos deixar "pendurados". Se tivesse que definir as coisas diria que o amigo é aquele que mesmo quando não concorda, não apoia, não entende, recebe-nos sempre com um sorriso aberto. Sem culpas nem recriminações.

Ser amigo hoje é um luxo! Podemos conhecer muitas pessoas, relacionarmo-nos com grande parte do mundo que nos rodeia, até sermos muito compatíveis em termos de trabalho, de lazer, de desporto, ou qualquer outra coisa. Mas isso não define uma verdadeira amizade. Se tivermos seriamente que olhar para dentro, vamos perceber que os amigos, mesmo amigos, não são muitos. Mas também não vos sei dizer se isso será assim tão importante.

Procuramos validação, grande parte de nós precisa desse carinho, da concordância e do apoio, mas isso não define uma verdadeira amizade.

Uma amizade é outra coisa (em minha opinião claro) menos nítida, mas mais forte. Uma sintonia profunda.

Gosto dos meus amigos, mas quero aprender a não precisar deles. Apreciar as relações, as trocas e o respeito, mas acima de tudo não precisar. Essa necessidade que temos, ou que achamos que temos, não nos inunda, e não é sincera.

Amigos são os que dão, amigos são os que recebem, amigos são os que estão sempre aqui. Aqui no coração. A sorrir.

Gosto dos meus amigos...

Às Vezes Sinto-me Assim


Finalmente consegui...
A foto apareceu num email de TS com autoria desconhecida. Pede-se perdão ao autor.

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Morada

Cara Dr.ª Fátima Felgueiras;

Agradecia que me informasse para onde quer que lhe envie a carta, se para sua casa, se para a prisão de Felgueiras, ou se para outro lugar qualquer no Brasil ou arredores.

Carta Meio Aberta a Fátima Felgueiras

Exma. Sr.ª Dr.ª Fátima Felgueiras;

Escrevo-lhe esta carta para a informar das reflexões que me foram suscitadas com o seu retorno ao nosso país.

Não quero deixar de enumerar as razões que sua excelência invocou para não ser presa preventivamente.

Em primeiro lugar, segundo notícia no Público: "invocou a imunidade a que têm direito os candidatos às eleições para evitar a sua prisão preventiva."

a. Como já tive oportunidade de expor, sou da opinião que qualquer pessoa que esteja indiciada da prática de crime, não deveria ter oportunidade de se candidatar a nenhum cargo público, pelo menos até ser provada a sua inocência.

b. Ainda mais se o crime inclui o desvio de fundos de uma câmara municipal.

c. Ainda mais se a câmara a que se candidata é a mesma câmara que faz parte do processo crime.

Interregno jocoso: acho extraordinário o seu timming!!! Antes de ser indiciada da prática do crime vai de “férias” para o Brasil. Agora, um mês antes das eleições retorna a Portugal. Que sentido de oportunidade! Que timming!!!

Em segundo lugar, como nos volta a informar o Público: "No documento a ex-autarca argumenta que já não existem as três razões invocadas pela Relação para impor aquela medida: o perigo de perturbação do inquérito, o de continuação da alegada actividade criminosa na Câmara e o de fuga. No primeiro caso, lembra que o inquérito está terminado, pelo que não pode nele intervir; no segundo, assinala que já não governa os destinos da Câmara, dado ter renunciado ao mandato; e no terceiro usará o argumento de que regressou voluntariamente do Brasil para "provar a sua inocência" em tribunal."

a. Em relação à perturbação ao inquérito, concordo consigo Dr.ª, já não se pode perturbar o inquérito. Tudo o que havia para perturbar já estava perturbado, quando, no decorrer da investigação, estava de "férias" no Brasil, sem nenhuma vontade de voltar.

b. Actividade criminosa na Câmara já discordo Dr.ª. Se realmente se confirmar que continuou a receber salários durante a sua estadia no estrangeiro, mesmo que por tempo limitado, parece-me que se pode considerar um crime. Não faz o trabalho, está de "férias" e ainda recebe??? Mais criminoso acho difícil.

c. Perigo de fuga?!?!?!? Acho que a Dr.ª conseguiu demonstrar, pela prática, a razão das argumentações apresentadas. Sim, agora durante a campanha até pode não fugir, mas e depois? Se não ganhar a câmara? Se não for ilibada??? Que garantias temos nós???

Interregno jocoso: Encontrou a solução perfeita para o nosso sistema judicial, ainda mais porque simplificará processos e reduzirá em muito o tempo despendido em investigações. Quando alguém for indiciado da prática de crime, bastará apenas sair do país para demonstrar a sua inocência. Imediatamente o processo será encerrado e o cidadão poderá retornar assim que quiser para continuar com a sua vida do quotidiano.

Cara Dr.ª Fátima Felgueiras, espera-se de qualquer cidadão, ainda mais alguém com responsabilidades públicas e políticas o escrupuloso cumprimento das leis que regem a nossa nação. Mesmo sendo inocente, o que para esta questão é completamente indiferente, tem a obrigação moral e cívica de aceitar e contestar, por meios legais, as decisões que afectem a sua vida pessoal. Mesmo completamente inocente e vítima de falsas acusações tem a obrigação de cumprir o que lhe for imposto, com respeito e paciência, procurando assegurar o cumprimento pelos seus direitos, que só existem quando acompanhados das suas respectivas responsabilidades.

O exemplo que está a dar ao nosso país é triste e vergonhoso. Queremos um país mais sério, mais responsável, mais participante e mais consciente. As suas acções só demonstram um total desrespeito e desobediência pela normas que nos regem.

Em relação a poder aguardar pelo julgamento em liberdade? Eu propunha o contrário, já que não respeitou a medida de coacção imposta, que se improvisasse uma medida mais gravosa de coacção, como por exemplo dar-lhe uns valentes açoites, ou obrigá-la a assistir aos debates políticos da SIC Notícias, sem intervalo e com o volume no máximo.

Espero em breve ter notícias suas, com os melhores cumprimentos,

Bernardo Ramirez

Fátima Felgueiras Reloaded - Repórter "Quase" Sempre em Pé

Para os mais interessados informa-se que a Dra. Fátima Felgueiras voltou. Ainda agora tava no Brasil, mas agora já está cá. Em breve daremos mais detalhes!

Veja as novidades no Público!

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Buzinas e Mercedes

Hoje, a caminho do meu local de trabalho, esse jardim no centro de Lisboa (parabéns ao casal de jardineiros), fui confrontado com algo demasiado comum na nossa cidade: a buzina de um Mercedes e neste caso (como na maior parte dos casos) pertencente a uma taxista.


- BUUMMM, BUUMMM, BUUMNMMMM.

A ecoar na minha cabeça. Logo cedo, antes do café e tudo. Sim senhor, já o vimos, muito prazer e claro que está com pressa.

Ao chegar ao meu local de trabalho, ao meu lado, mais dois Mercedes, estes simpaticamente silenciosos, entravam para o meu parque de estacionamento. Eram daqueles mini-mercedes, tipo mercedes-de-preparação. "Filho, hoje que já tens 18 anos e carta de conduzir vou dar-te algo para te preparar para os grandes carros que vais ter: este mini-mercedes." E a alegria inunda a família Mendes, ou Sousa, ou Esteves ou o que for.

Claro que os carros depois vão crescendo como os proprietários, e as buzinas com eles também.

Bum para aqui, bum para ali e bum para mais acolá. Sempre ao nosso lado ou atrás. Para não sabermos bem se a porcaria da buzina nos é dirigida. Mas sempre para garantir que num quilómetro quadrado todos sabem que vai ali um Mercedes e alguém ou com pressa, ou que gosta de chamar a atenção, ou então as duas coisas.

Por isso vinha aqui fazer uma proposta, que aumentaria bastante a nossa qualidade de vida. Ou proibir as buzinas nos Mercedes, ou arranjar um som tipo: pim, pim, ou piu, piu ou algo tão suave que nem se podesse garantir que se ouvia no carro à frente.

Isso sim!

Agora a questão resta: e se os modelos Mercedes deixassem de fazer barulho, será que continuavam a ser tão vendidos? E os taxistas? Se calhar escolhiam outro modelo ou então adaptavam buzinas triunfantes aos seus Mercedes e então passariam a buzinar por todo o lado, só para vermos como buzinam.

Morreu Presidente da Câmara - Repórter "Quase" Sempre em Pé

Um presidente de Câmara está a passear tranquilamente quando é atropelado e morre. A alma dele chega ao Paraíso e dá de caras com São Pedro na entrada:
- Bem-vindo ao Paraíso!, diz São Pedro, antes que possa entrar, há um probleminha. Raramente vemos políticos por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.
- Não vejo qual é o problema, é só me deixar entrar, diz o antigo presidente.
- Eu bem que gostaria, responde o santo, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.
- Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso, diz o ex-presidente.
- Desculpe, mas temos as nossas regras.
Assim, São Pedro acompanha-o até o elevador e ele desce, desce, desce até ao Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o Diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe. Ele sobe, sobe, sobe e a porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele. Agora é a vez de visitar o Paraíso. Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.
- E aí? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna.
Ele pensa um minuto e responde:
- Olha, eu nunca pensei... O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.
Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até ao Inferno. A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos. O Diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do ex-presidente.
- Não estou entendendo, - gagueja o presidente - Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo de lixo e meus amigos arrasados!!!
O Diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:
- Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto...

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Risquinhos Amarelos - Serviço Público de Bloguismo

A todos aqueles que tiraram a carta há muito tempo, que não se lembram, que tiveram de pagar ou encurtar o exame de código o blog Bom Tempo no Canal vem prestar mais um dos seus grandes serviços.

Sempre que estiverem na vossa viatura perante um cruzamento, um T, ou qualquer outro entroncamento, se virem umas riscas amarelas no chão (meio apagadas ou até intactas) isto quer dizer que o vosso carro não deve parar sobre elas em nenhuma circunstância. Se pararem o carrito lá, tão a tapar outros carritos, que por sua vez irão tapar outros, e em vez de demorarmos umas horitas, demoramos uns diazitos.

Sim, eu sei! Há sítios onde nem se vê os riscos, e outros que nem os têm. Mas o problema resolve-se com facilidade. A partir de hoje, em todo o lado, nunca parem o carro no meio de outra via de rodagem. Será tão melhor.

Obrigado!

Excerto do Manual de Conduta Política Universal

Caros amigos estou de volta. Tenho muito para contar, mas pouco tempo para o fazer, por isso não resisto a deixar-vos com uma informação fundamental encontrada em todos os manuais de boas práticas políticas. Será isto a ética republicana que o nosso Presidente mencionou há umas semanas?

Lei 32 - Sobre Indícios de Prática de Crime

Artigo 2º – Sempre que o detentor de um cargo público for indiciado da prática de algum crime deverá imediatamente renunciar ao cargo público. Se, posteriormente for acusado não deverá voltar a ocupar qualquer cargo público. Se se provar a sua inocência poderá, resolvidas todas as acusações, regressar a cargos públicos ou candidatar-se aos mesmos.


Lei 56 - Sobre o Acumular de Outros Cargos Juntamente Com Cargos Públicos

Artigo 1º – Respeitando o princípio do serviço público, e do interesse da sociedade que serve, o funcionário público, eleito ou contratado, nunca deve acumular, no mesmo período de tempo, qualquer outra função profissional.

Artigo 2º – Mesmo não existindo conflito de interesses entre a função pública e outra qualquer, a prioridade tem sempre que ser dada ao cargo público.

Artigo 3º – Isto aplica-se com mais veemência a todos os cargos eleitos, que sob nenhuma circunstância deverão sacrificar o bem público.


PS: Amigos políticos: Fátima Felgueiras, Avelino Ferreira Torres, Isaltino de Morais, Valentim Loureiro, ou outros quaisquer menos conhecidos, até quando? Até quando brincarão com a vida e o dinheiro das pessoas que vos elegeram, ou que vos pagam os salários, ou que acreditam em suas excelências? Não se pode confundir o poder político, que vem com grande responsabilidade, com a vossa própria pessoa, nem com as vossas próprias vontades e gostos. Juizito!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

A todos aqueles...

que dizem: "Ah, e tal, e eu até gosto disto, mas onde é que anda o tipo que escreve para aqui? Será que emigrou, tá doente, ou sem net?", informa-se que o mesmo se encontra no Alentejo em trabalho e por isso tem de poupar energias.

Mas volta!!!

Obrigado Miccoli

Quem quiser saber mais é só clicar na fotografia :D

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Alta Quoficiente de Basófia - Repórter Sempre em Pé

Segundo informações de fonte fidedigna, depois de análises clínicas detalhadas, foi encontrado um alto nível de taxa de basófia nos políticos portugueses. Principalmente junto de líderes políticos, candidatos a presidentes, ex-candidatos a presidentes, aindanãosei-candidatos a presidente, quegrandemerdaemqueistosetransformou-candidatos a presidente.

Por favor, amigos deste país, amigos políticos, amigos líderes. Parem com isso. Afinal, todos sabemos quem é o campeão da humildade. Vide Gato Fedorento

Reportér Sempre em Pé

Para esclarecer - Serviço Público de Bloguismo

Em relação ao que nos acontece só há duas hipóteses: ou acreditamos que podemos influenciar o nosso destino, ou achamos que não podemos.

Se podemos influenciar o nosso destino, então o melhor é acreditar e trabalhar para que tudo corra bem. Corre melhor e os dias até sabem bem.

Se não podemos, então pelo menos o tempo que passamos até ao resultado corre melhor e sentimo-nos mais tranquilos e felizes.

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Cuidado aí no céu

Sempre o ouvi. Nunca o vi. Mas era sempre forte e destemido. Sempre com o sotaque carregado. Cheio de personalidade. Era um gladiador português. Dizia que dava conta deste e daquele. Que aniquilava o outro e mais aqueloutro. E aí de quem se metesse com ele! Era um dos bons, dos genuínos. Na fantasia juvenil ele representava um misto de herói com homem simples.

Tinha uma clínica onde ajudava a tratar problemas de saúde e que a minha mãe ainda frequentou aqui em Lisboa.

Era o meu Tarzan, não era da selva, nem dos macacos, mas era o português, o do bacalhau, do caldo verde e do torresmo.

Agora partiu para outro sítio. Já o estou a ver, à porta do céu, a falar com S. Pedro: "O quê? Não posso??? Tu vê lá bem S. Pedro. Pensa duas vezes. Até podes chamar Jesus, ou até mesmo Deus. Dou conta de todos. Afinal sou o Tarzan Taborda."

E por isso vos informo. Oh malta angelical. Tenham cuidado. Tenham muito cuidado. Ele é nosso, é bom, é forte... e é só nosso. Cuidado aí no céu!

Não Somos!!!

Não somos uma célula anti-americana. Não somos anti-americanos.

Somos apenas anti-palermas!!! (quando as palermices não são tipo beber de mais na festa de uns amigos, ou enganar-se e trocar o nome das pessoas, é mais anti-palermas quando a palermice é invadir um país ou achar que se têm sempre razão)

Os Bush dão Grande Ajuda - Repórter Sempre em Pé

Segundo informação fidedigna fomos informados que filho e pai Bush estão a trabalhar activamente, em New Orleans, para ajudar a resolver os inúmeros problemas. Como se pode ver pela foto a família Bush está a pôr em prática as melhores técnicas de salvamento e sobrevivência desenvolvida em anos.

Repórter Sempre em Pé












domingo, 11 de setembro de 2005

Há Tempos - Legião Urbana

Parece cocaína, mas é só tristeza, talvez tua cidade
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão
E o descompasso e o desperdício
Herdeiros são agora da virtude que perdemos
Há tempos tive um sonho, não me lembro, não me lembro
Tua tristeza é tão exacta e hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados a nem termos mais nem isso
Os sonhos vêm, os sonhos vão, o resto é imperfeito
Disseste que se tua voz tivesse força igual à imensa dor que sentes
Teu grito acordaria não só a tua casa, mas a vizinhança inteira
E há tempos nem os santos têm ao certo a medida da maldade
E há tempos são os jovens que adoecem
E há tempos o encanto está ausente, e há ferrugem nos sorrisos
E só o acaso estende os braços a quem procura abrigo e protecção
Meu amor, disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza, ter bondade é ter coragem
E ela disse
Lá em casa tem um poço, mas a água é muito limpa