- BUUMMM, BUUMMM, BUUMNMMMM.
A ecoar na minha cabeça. Logo cedo, antes do café e tudo. Sim senhor, já o vimos, muito prazer e claro que está com pressa.
Ao chegar ao meu local de trabalho, ao meu lado, mais dois Mercedes, estes simpaticamente silenciosos, entravam para o meu parque de estacionamento. Eram daqueles mini-mercedes, tipo mercedes-de-preparação. "Filho, hoje que já tens 18 anos e carta de conduzir vou dar-te algo para te preparar para os grandes carros que vais ter: este mini-mercedes." E a alegria inunda a família Mendes, ou Sousa, ou Esteves ou o que for.
Claro que os carros depois vão crescendo como os proprietários, e as buzinas com eles também.
Bum para aqui, bum para ali e bum para mais acolá. Sempre ao nosso lado ou atrás. Para não sabermos bem se a porcaria da buzina nos é dirigida. Mas sempre para garantir que num quilómetro quadrado todos sabem que vai ali um Mercedes e alguém ou com pressa, ou que gosta de chamar a atenção, ou então as duas coisas.
Por isso vinha aqui fazer uma proposta, que aumentaria bastante a nossa qualidade de vida. Ou proibir as buzinas nos Mercedes, ou arranjar um som tipo: pim, pim, ou piu, piu ou algo tão suave que nem se podesse garantir que se ouvia no carro à frente.
Isso sim!
Agora a questão resta: e se os modelos Mercedes deixassem de fazer barulho, será que continuavam a ser tão vendidos? E os taxistas? Se calhar escolhiam outro modelo ou então adaptavam buzinas triunfantes aos seus Mercedes e então passariam a buzinar por todo o lado, só para vermos como buzinam.
Há um espaço que não cansa. Há um tempo que corre tranquilo. Há sempre lugar para tudo. Caminhamos com um sorriso. Afinal, há BOM TEMPO NO CANAL. Este é um blog sobre quase tudo, mas principalmente sobre o dia a dia, os acontecimentos, as pessoas e as suas relações.
terça-feira, 20 de setembro de 2005
Buzinas e Mercedes
Hoje, a caminho do meu local de trabalho, esse jardim no centro de Lisboa (parabéns ao casal de jardineiros), fui confrontado com algo demasiado comum na nossa cidade: a buzina de um Mercedes e neste caso (como na maior parte dos casos) pertencente a uma taxista.
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Raminhos,
ResponderEliminarParece que estou a ver-te há uns anos, qual Buda em reflexão Zen, ás primeiras horas da Católica, atravessando o jardim.
Entretanto quase tudo mudou: trocáste o aspecto "budinha" por uma figura invejável, vais muito mais cedo prá faculdade e até já conheces os jardineiros.
Há, no entanto, uma coisa que permaneçe: esse espírito tão piu-piu....logo pela manhã!
um gr beijo