Sempre o ouvi. Nunca o vi. Mas era sempre forte e destemido. Sempre com o sotaque carregado. Cheio de personalidade. Era um gladiador português. Dizia que dava conta deste e daquele. Que aniquilava o outro e mais aqueloutro. E aí de quem se metesse com ele! Era um dos bons, dos genuínos. Na fantasia juvenil ele representava um misto de herói com homem simples.
Tinha uma clínica onde ajudava a tratar problemas de saúde e que a minha mãe ainda frequentou aqui em Lisboa.
Era o meu Tarzan, não era da selva, nem dos macacos, mas era o português, o do bacalhau, do caldo verde e do torresmo.
Agora partiu para outro sítio. Já o estou a ver, à porta do céu, a falar com S. Pedro: "O quê? Não posso??? Tu vê lá bem S. Pedro. Pensa duas vezes. Até podes chamar Jesus, ou até mesmo Deus. Dou conta de todos. Afinal sou o Tarzan Taborda."
E por isso vos informo. Oh malta angelical. Tenham cuidado. Tenham muito cuidado. Ele é nosso, é bom, é forte... e é só nosso. Cuidado aí no céu!
Uma ternura de post.:)
ResponderEliminarEu ja pertenco a outra geracao, a unica recordacao que tenho do Tarzan Taborda é mais... "gordinha é favor, gordinho era o Tarzan Taborda, você estava balofa!!" :D
Ele morreu?
ResponderEliminarComo é possível??
Eu juro que o vi lá em casa, ao lado dos dois "Perfeitos Anormais".
Era o Alvim de um lado e o Markl do outro.
Foi há dois ou três dias.
E posso garantir que o músculo dele , o do braço, estava melhor que nunca.
O Alvim desafiava-o, vestido de bombeiro( sim, isso mesmo), a contar histórias de outros tempos.
E o tarzan lá ia desfiando, esta e aquela, sem parar de dar á língua....ao ponto do Alvim despachar a conversa - estilo " bom, meu amigo, então muito obrigada, foi um prazer finalmente conhecê-lo".
Teve sorte, o raio do miúdo.
PS. A entrevista começou com a velha história do Taborda : "eu andei durante 20 anos a oferecer 2 mil contos áquele que ganhasse uma luta comigo".
Mas ninguém nunca levou nada, porque o Tarzan fez jus ao seu nome até morrer
di