segunda-feira, 24 de março de 2008

Um bilhete a Edith Wharton


Fiquei desiludida com a forma como tudo acabou, pois esperava que eles tivessem mais força, que eles tomassem outros rumos e, sobretudo, que o destino escrito por ele fosse mais forte do que uma aceitação simples das convenções.
A Idade da Inocência chegou ao fim depois de me ter acompanhado desde há algum tempo. Agora, sem ela, sem aqueles meus amigos e amigas que me confessavam até aquilo que não sabiam!; sem elas... como vai continuar os meus dias?! Apeguei-me a elas e, neste momento, já partiram assim, sem sequer manter contacto comigo nos próximos tempos!?
Ficou tudo em aberto, mas já acabado. Concordo que não gostei do último capítulo. Andei sempre na esperança de que o desfecho fosse outro. Queria que ele ficasse com ela, mesmo que isso fosse o início de uma dor enorme no coração da pobre May. Por outro lado, este amor quase platónico sabe bem. E, logo, se fosse concretizado talvez não soubesse a nada. Com estes personagens e toda a narrativa, com esta autora, aprendi tanto e não queria assim fazer esquecer este meu professor sem voltar a saber mais dele.
Ana Filipa Silva 2000

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