quarta-feira, 12 de março de 2008

A metade de cima ou a de baixo?

Dou a boas vindas à Ana Filipa Silva. Ela é segunda pessoa que convido para pertencer ao Bom Tempo no Canal. Também é formada em Comunicação e tem também um blog chamado Coisas Banais


O que temos em comum é uma visão nova sobre o mundo e sobre as pessoas que os habitam. Essa visão materializa-se nas Constelações e por isso é com alegria que a recebo aqui.

A história que se segue foi me oferecida pelo meu amigo LH e julgo que ilumina a natureza humana na perfeição.

A metade de cima ou a de baixo?

Um feliz casal dinamarquês partilhava um casamento há 25 anos. Como todas as relações também esta tinha os seus rituais. Todos os domingos o casal ia tranquilamente à padaria do bairro comprar um pão especial para o pequeno almoço. Era um pão maravilhoso e que enchia os seus domingos de alegria.

Chegando a casa preparavam o pequeno almoço e dividiam o pão ao meio. O homem ficava sempre com a metade de cima, e a mulher sempre com a metade de baixo. E eram felizes. E era sempre assim.

Durante 25 anos, todos os domingos, a metade de cima e a metade de baixo.

Neste domingo, o marido muito feliz vira-se para a sua esposa e diz: "Fico feliz por tu gostares mais da metade de baixo." De repente a mulher abre muito os olhos, olha para o marido e diz: "Mas eu gosto mais da de cima! Só como a de baixo porque achei que tu gostavas mais da de cima." O homem quase incrédulo vira-se para a mulher e diz: "Mas eu gosto mais da de baixo. Sempre te dei a de baixo porque achei que era a que tu gostavas mais."

25 anos ...

4 comentários:

  1. Não sei se a estória é verdadeira ou não, mas que é bonita, lá isso é. Pois o casamento é isso mesmo, precindir daquilo que mais gostamos para fazer o outro feliz!!! :)

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  2. Hum... eu diria que um casamento é feito de cedências, sim, sem dúvida, mas não podemos prescindir daquilo que mais gostamos se isso não nos faz feliz a nós primeiro. Tem mesmo de ser um genuíno acto de altruísmo. Mas diria também que ver o outro feliz, faz parte da nossa própria felicidade. Mas reservemos para nós algumas das coisas que nos fazem verdadeiramente felizes, num acto talvez um pouco egoísta até, para que haja um equilíbrio. Dar tudo e não estar mostrar ao outro que também estamos disponíveis para receber, acaba por deixar um vazio... Linda história! Obrigada!

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  3. A minha pergunta é: isto foi durante 25 anos um acto de amor, ou um acto falhado de comunicação. Podia dizer que se tivessem falado um com outro, e perguntado: "que metade gostas mais" teriam poupado muitas metades na vida deles.

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  4. Eu respondo que, mesmo estando mais inclinada para a segunda opção, não há dúvida que a primeira também é verdade aqui. No entanto, acho que é isso mesmo, por vezes ao fazermos um 'esforço' para agradar sempre e tanto o outro, esquecemos de algo tão simples (mas tão importante e até difícil, por vezes) como o diálogo, pilar de uma boa comunicação. E é essencial. Ninguém se deve contentar com metades por muito tempo.

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